Há uns anos atrás, minha diversão era entrar no meu quarto e escrever até a mão doer. Escrever qualquer tolice, que seja. Pra mim mesma, pensando em mim. Pra variar um pouco eu descrevia todas as pessoas da minha sala, como se fossem personagens em quadrinhos. Meu mundo era tão único e meu, que até hoje não consigo mais sentir as mesmas sensações. Mas era pequeno demais, diante do resto do mundo 'real'. Hoje, tenho vontade de escrever sobre tanta coisa, que acabo ficando 'atada' e não escrevo quase nada. Meu medo, é perder a vontade de escrever um dia. Acredito que seja a única coisa que eu possa fazer, sem precisar de nada mais do que um lápis e um papel. O mais legal. Ainda sou pobre com as frases, mas um dia eu chego lá.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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