Deitada na cama, com a visão meio embaçada. Uma cólica absurda, a pressão lá em baixo e começo a recaptular o que foi meu inútil dia. Ouvindo JD Natasha, como nos tempos de solidão maior, há muito não sentia isso, assim. Não podia entrar na internet, mas mesmo assim, não fiquei tão insatisfeita. Um desânimo horrendo de abrir a boca, nem pra falar. Uma vontade de chorar a cada música que começava. Saudade. Muita saudade. Você podia estar aqui, pra ver que eu sei sim chorar. Mas acho que se me ligasse, brigaria por não poder estar conversando agora. Desculpa, mais uma vez. Mas me sinto fraca, cansada. Isolada, perdida. Ainda tenho forças, eu sei. Mas tomou conta de mim, essa vontade de me enterrar em cobertores, mesmo com esse calor, e só sair se houver um sol intenso. Porque agora a noite, o céu parece vermelho. E eu não consigo ver as nossas estrelas daqui.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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