Tratei de ouvir as músicas, de dois discos que ganhei em fevereiro, com a idiota desculpa de tentar renomear algumas que não conheço. Tão idiota a desculpa, que sabia que se não conhecia antes, não deveria conhecer agora. Ouvi, um pouco de cada uma, lembrando de cada momento que sofri num lugar bem distante. Não distante somente geograficamente, mas distante de mim. Nos dias em que me senti lá de verdade, por pouco tempo não me desesperava e iria chorar. É como se fosse uma preparação pra mim. Sofri muito. Mas nunca se sabe... pode ser que eu sofra outra vez. Então, trato de me lemrbrar que saí dali e estou onde queria estar. Mas ainda, não estou como quero. E pra conseguir... ah, pra conseguir vai haver lágrimas, talvez discórdia, não sei. Mas prefiro pensar no dia em que ouvir as músicas que escuto hoje, só pra lembrar que sofri, mas que consegui chegar.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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