Enchi a jarra de alumínio e esquentei a água. Tirei todos os sachês de chá e guardei a caixinha, com desenhos que fiz olhando pra você. Suas inciais, uma face meio estranha do outro lado, com um sorriso cativante e uns olhos melancólicos. Sorri, com uma saudade invadindo meu peito, antes da hora. Bebi e senti como se fosse a melhor bebida do mundo. Era um chá de maçã, não um qualquer. Não consigo parar de fazer mais e mais chá. Dentro de mim, vou bebendo você aos poucos, até acabar. Não sei o que vou fazer depois disso. Não sei mais onde te procurar, além de cada pedaço meu e do que é meu. Queria te beber todos os dias, por chás e chás, por refrigerantes talvez, algo que me entorpeça e me enlouqueça, me dê um barato e me deixe fora do ar, como só você consegue quando me abraça.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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Volta e traz a melhor parte de mim?
TE AMO♥