Não quero mais dramatizar cada detalhe da minha vida. Eu, depois que aprendi a escrever assim, não parei mais. Mas chega a ser patético e eu mesma já me sinto irritante assim. Tentarei colocar mais humor, pelo menos mais realidade em cada frase. Ops, realidade não. Acho que... mais humor, mais humanismo. Só. Porque, se eu for contar que me sentei numa calçada pra conversar com uma flor, bem, vão dizer que estou insana! Mas pensando bem, não é tão insano assim. Minha avó materna, segundo minha mãe (não cheguei a tempo de conhecê-la) conversava, brigava e elogiava as plantas do quintal, a fim de vê-las melhores e mais bonitas. Pois bem, conversei sim com as flores. Elas me dizem muito, sei que dizem. A única coisa que fiquei intrigada, foi com a chegada delas, ali. E no quanto elas estão resistentes ao calor estonteante e quando vem toda aquela chuva, como elas ainda estão lá? Lógico que ela não responderam né? Seria insano demais da minha parte. Mas bem nessa hora bateu aquele vento. Bem forte, e eu sabia que elas não sairiam dali. Entendi em parte porque. Era apenas a perseverança. Aquela coisa de 'Hei, eu não quero sair daqui, então não vou sair. Não há motivos'. E só. E é isso que sinto hoje. Consigo ser tão perserverante em tudo que quero. Tudo, tudo mesmo. Então, vou em frente. Frente. Frente.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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