Eu não sei escrever frases célebres, e sei pouco sobre a complexidade ortográfica. Só queria entender um pouco mais sobre os rostos e expressões que passam a minha frente e principalmente os que, me rodeiam e me mostram o cotidiano. Mas descobri que entender, não é o verbo que vou conseguir conjugar. Posso sentir a vibração de rostos e corpos alheios. Posso pensar e gritar junto às vozes alegres que me rodeiam. Mas entender, ah, prefiro nunca entender. É um do melhores desafios, poder preencher todo meu ser com essas vibrações, com aquele olhar brilhando em minha direção. Com aquela risada frenética depois de uma piada estranha, que nem ele mesmo entendeu. Ouvir todas as bocas das pessoas que mais amo no mundo, mastigando a pizza juntos, e trocando talheres, temperos, histórias... Preenche minha alma, daí, me dá uma vontade de contar pro mundo inteiro e dizer que eu ainda não venci, mas acredito estar no caminho correto.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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