De repente me caiu a ficha de que tudo que eu tenho hoje, era somente sonho há anos atrás. Estava no automático a um tempo, sempre tive tendência a fazer toda a rotina ou até mesmo mudá-la de forma robótica. Mas quando dei por mim, estava aos prantos com medo de perder. De perder a volta pra cá, de perder a garota dos sonhos voltando pra mim, de perder os melhores passeios, de perder meus pais me aceitando... Foi uma emergência correr de noite até a casa dela, sem sentir frio, sem sono, mesmo cansada. E o robozinho aqui aprendeu a chorar somente no seu colo... Agora, não posso mais viver sem. Vai ser sempre mais ou menos essas falas, essas lágrimas, mas de alívio por saber que não, eu não estou sonhando!
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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