Uma das coisas que mais tenho o pesar de calcular, é a pouca frequência que escrevo aqui. Larguei um mundo pra trás, algo que me fazia e ainda me faz tão bem. Lembro dos cadernos espalhados e lotados por sentimentos confusos, esperando o momento certo de chegar na tela. Sem querer ser clichê, já sendo, o que me movia era a solidão. Uma mistura de liberdade e abandono, as quais eu alimentava com prazer. Coisas de adolescente, como se houvessem passado tantos anos até hoje, eu digo que cresci, endureci demais, e sinto que preciso fazer um esforço enorme para voltar a sonhar. Mesmo que não se queira, a futilidade invade o caminho, por mais que se tenha sido uma pessoa leve e pura. Ah se eu pudesse voltar a ser aquela menina de antes!
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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