A cada encontro, me sinto mais e mais distante daquele hemisfério afetuoso, criado a anos e tão bem alimentado por mim. Nunca existiram promessas de amizade eterna. Mas também, não haviam promessas sobre mentiras, devaneios e nem mesmo sobre essas frases com tanta persuasão sobre odiar amigos. Sabe como é, as pessoas mudam. Ou então elas simplesmente nunca foram o que a gente pensava que fosse. Sei lá como são essas regras. Eu só acredito que mereço a verdade, porque a verdade eu sempre plantei. Nada adianta acreditar nas próprias mentiras, um dia elas engolem você só, e quando acordar, pode perder a noção de espaço e tempo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
Comentários
Muito bom o texto, como sempre né, Sofia?! Sabe, adoro esse seu jeito de escrever... Passa tanta verdade, passa tanto sentimento...