Entendo quando concluo que aprendi milhares de coisas durante os últimos anos. Mas concluo que desaprendi também. É preciso recomeço pra mim. Já não sei recomeçar, me perder por erros bobos, mas me reencontrar logo depois. Fico vagando por entre as lembranças, com a cabeça cheia de responsabilidades, coisas a fazer, a planejar. Eu sei, tenho um futuro lindo a construir, e é agora. Mas aí, pensar que o futuro que eu havia superficialmente planejado, se descarrilhou desesperadamente por entre os trilhos, me deixou fraca a ponto de ter que parar no meio da estrada. Por hora estou aqui, sozinha. Mas prometo a mim mesma retomar minha caminhada. Eu e todas essas peças dilaceradas pelo chão. Me basta Deus, minha mala e meu espírito.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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