Pega esse rótulo em cima da estante, aquele troféu que você ganhou a um tempo, mas se quer teve o trabalho de limpar e deixá-lo brilhando e joga logo no lixo. Pega esses nomes que saem tão fáceis da boca, amizade, amor da minha vida, melhor amigo, e engula todos. Não movem a vida. Enganam tão fácil. Engana-se tão fácil. E não fazem por onde. Não mostram quem são, se somente for aí, da boca pra fora.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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