Eu queria mesmo era ter realmente o ego elevado. Quem me vê sempre tão contente com o "foda-se" ligado no último volume pra tudo que possa me deixar triste, não conhece metade da minha insegurança. E se eu fosse tão segura assim, eu não estaria nesse quarto agora, estudando coisas que já estudei, por medo de não passar na prova (que passei antes, com pontuação ótima, mas a pauta venceu). Eu poderia estar no parque, me divertindo sozinha ou com amigos. Ou poderia estar praticando no Adobe, e terminando meus vários projetinhos que começo e paro. Eu poderia estar trabalhando nisso. E ganhando bem até. Poderia ainda deixar esse receio de lado e conversar com tantas pessoas de novo, sem pensar o que estão pensando de mim. Na verdade, eu poderia convencer as pessoas de certas coisas. Como convencer de que posso sim, fazer alguém feliz. Mesmo eu tendo 20 anos, e gostando de rosa. Mesmo eu tendo o amor, com referências estranhas na minha cabeça. Eu poderia pedir que ficassem perto de mim, porque eu saberia exatamente o que fazer, e saberia o que dizer nas horas críticas. Ah, e com certeza eu iria conseguir ouvir mais, as pessoas que tanto prezo. As pessoas que mais gosto, e que me rodeiam, praticamente não falam de si. Mas aí, insegurança define meu status de humor hoje. Agora. Espero que não sempre. Afinal, isso não é só proteção. É um flagelo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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