Sei que sou careta, ás vezes rosinha demais, ás vezes sombria demais. Adoro ficar sozinha e escrever sobre as mesmas tantas coisas que a vida me faz. Desenho todos os dias, não tenho nenhum projeto em mente, não fumo e quase não bebo. Não sou de correr atrás do amor. Não, não sou. Mas se vem alguma coisa pequena, um carinho dele, eu não fujo. Não corro atrás do amor, mas se vem um carinho, chega, fica, deixa o cheiro, a cor, o sabor e as palavras, eu deixo, eu cuido e realmente, se eu puder escolher, pediria que ficasse. Só mais um pouquinho. Prometo deixar ir, quando quiser.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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