Uma música e eu não quero me preocupar com mais nada. O volume bem alto, e eu me esqueço de que tudo está fora de controle. Minha mãe tem razão, quando diz que lá no fundo, minha organização é forjada. Não sei se está certo, mas eu perco o controle com as mãos, com o olhar e com as palavras. Eu tonteio e só enxergo o negro, com um cheiro bom. Ofegando, parece que gostam mesmo de me deixar assim, com o corpo mole. Enquanto alguns gargalham do que escrevo, outros dizem sentir o mesmo, eu me recuso mais uma vez a render minha mente a preocupações. (...)
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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