Duas dúvidas quanto a guardar amor: Será que um dia mofa, se eu não entregar logo a alguém? E será que funciona depois de muito tempo guardado? É que me funde a cabeça pensar no quanto eu poderia ser (mais) feliz se não sentisse medo de entregar tudo que tenho, de encarar as faces medonhas de vários julgamentos que sempre vieram e sempre virão ao meu encontro, quando posso ficar feliz. Se tenho pouca idade ou pouca história, se pareço bem demais pra querer ser ainda mais feliz, se pinto as unhas de rosa, se leio babaquices românticas esperando o meu dia, se me porto sempre com um sorriso que ameniza a dor de qualquer um aqui dentro, não quer dizer que eu não mereça almejar mais nada. Não quer dizer que sei pouco da vida, ou que sou fútil. Quer dizer bem mais, mais do que esse pouquinho que sei que sou. E pra falar a verdade pouco é a gente que sabe mais do que esse pouquinho de mim.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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