Agora ela nem foge mais do meu olhar. Diante de certas coisas ela fixa mesmo aquele par esculo e brilhante aqui, parece até que bem na ponta do meu nariz pra condizer com o humor que tem em rir dos meus defeitos. Mesmo assim, não faz idéia do que quer da vida, nem de mim e dessa longa história que tem tudo, exatamente tudo menos um nome. Eu sinto dizer que tudo tem prazo de validade e mesmo sem saber até onde vou, eu sei, o samba vai ficando baixinho.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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