Não como pretensão nem vontade de gastar meu tempo e minhas palavras tentando questionar as atitudes contraditórias e baixas. Mas depois de todo esse tempo e esse teatro que assisto tantas vezes sem querer, como alguém que entra na peça errada e na hora "certa" pra ver as cenas que com certeza vão me machucar, eu resolvi concluir com uma ideia muito simples, o meu sentimento por todo esse transtorno que você fez, tão friamente. Ouvia e lia uma frase a um ano atrás, que dizia nos momentos divisórios de águas: "Na minha memória e no meu coração, você ocupa um dos lugares mais bonitos". Que deixava claro que apesar de tudo, uma porção de coisas boas ficariam aqui dentro também, e as lembranças felizes talvez deixaria meu carinho intacto. Mas bem, infelizmente a escolha não foi minha... diante da falta do seu olhar pra dentro de si mesma eu não sei, e hoje não tenho a mínima vontade de saber o que te deu. O fato é que a frase bonita, hoje, não faz o menor sentido. Tenha a absoluta certeza que o objetivo falhou. Triste é perceber que sua escolha, foi fazer com que hoje, ocupasse um dos lugares mais sombrios que existem dentro de mim. Lugar esse que nem eu sabia que existia. Bloqueei o que havia de bonito, não consigo me lembrar. E o que fica está negro, tomando um volume imenso, que me faz sentir medo, ânsia, repúdio. Quero chegar ao equilíbrio, a ponto de não sentir nada e a indiferença não deixar sobrar nada, nem mesmo pena. Finalmente, eu concluo que ler os melhores autores, ouvir as melhores músicas, assistir aos mais belos filmes pouco ajuda a quem não pode ter de fato, uma alma capaz de absorver os sentimentos bons que trazem plenitude e a capacidade de amar a si mesmo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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