Sinto uma falta enorme de quando eu era mais nova e certa de tudo. Minha certeza abrangia o meu mundo. E o meu mundo bastava. Morreria facilmente feliz, se não soubesse o que era esse mundo falsamente bonito, cheio de curvas perigosas e quebradas necessárias. Entendia que o melhor a fazer era sempre, sempre falar. E por tantas vezes sem poder soltar minha voz, comecei a escrever. Era grátis, silencioso e treinava o português. Quando me cobrou pela primeira vez, rolaram umas lágrimas. E a pior coisa foi perceber que nada, nada nessa vida é realmente de graça. Te cobram o corpo, as palavras, te fazem chorar. E quando você acorda entregando o coração, ah, aí já era mesmo. Caí no sistema, na maioria. E ir contra ele é simplesmente se entregar a loucura. E se tem uma coisa que eu invejo é a loucura sincera e cheia de idéias  de algumas pessoas. Aplausos, por favor, se encontrar um par de olhos que perca o foco e o chão em alguns dias. Eu desejo luz a elas, no sentido de que luz, possa clarear a mente e deixar mais nítida a essência ímpar de cada uma.

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