Vinte minutos que a chuva parou. É quando vou pra janela ver como estamos. Parece ruim, detesto perceber que são seis horas da noite, que é fim de chuva e novembro está chegando. Novembro, quase sempre é ruim. Chocante, com um peso que a cada ano fica maior. Não sei explicar. Mas eu disse que depois da chuva, eu fecho tudo e só abro a janela. Também não sei explicar, mas se estiver sozinha, mais sozinha fico. É meu esse tempo e só. Apesar do poço de sensações cabisbaixas que preservo dentro do quarto, é como minha parte realista gritando que a gente cresce e o mundo acaba sendo mais perigoso do que antes. Todos que eu enxergo erram, alguns porque gostam, alguns porque é engraçado, outros não acreditam em erros e eles juntos, tem os que não sabem ainda e outros que nunca, nunca vão confessar seus erros. Eu, erro por pensar assim.
E quando chove, anoitece rápido. E a qualquer hora da noite, parece tarde demais. Tarde demais pra qualquer coisa. É só a certeza do que foi com a maior força do mundo, já que da janela eu vejo que a rua lá embaixo está mais limpa do que nunca. E minha vontade agora é de me lavar também.

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