Gosto da falta de tempo pra pensar. Sobra prática, faltam minhas teorias mirabolantes sobre o que sou para cada um e consequentemente um "quê" de liberdade, quando tudo ao redor ganha um dólar por crítica. O que eu quero parece caro e não dá pra pedir de natal. A dúvida quanto ao caráter dos outros, a certeza de alguma coisa realmente boa e forte que outros sentem por mim. Ligar o "foda-se". Eu quero esse botão de natal também. Mesmo que eu me sinta com cinco anos, abrindo uma caixa de um brinquedo que vai me fazer brincar sozinha, pela maioria do tempo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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