Posso ir, mas não ligo pra pizza. Nem pra pizzaria. Nem pro refrigerante, água e não estou a fim de beber. O mau humor não era fome, tampouco vontade de sair. Comi de tudo, do cru ao bem passado, bebi mais. Não me adianta comprar roupas, o armário entupiu, perco sapatos e nem sinto falta, e esse emprego, no fundo está melhor do que imaginava. Nem tratamento de pele, seio, cabelo, nem maquiagem, perfumes, unha colorida, viagem, carnaval, piscina. Existem coisas que o dinheiro não compra, e preços que custam tanto, que nem quero imaginar.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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