Ei pai, aqui parece um vulcão em erupção, apesar do frio ter apenas começado. Eu sei que escolhi essa vida, e sei que está sorrindo a pensar na carreira de alguém que viaja tão longe só pra estudar. Mas olha pai, tem dias que só queria mesmo estar aí em casa, deitada no sofá vendo os programas que você detesta e diz, ou aqueles programas que você acha legais, bonitos, mas não dá um sorriso por teimosia de pai, que não pode dar o braço a torcer e concordar com a filha ariana. Ah pai, eu sinto sua falta viu.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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