O culto de esperar toma tempo, e implico que este, passa rápido quando acordo no sábado, reclamo que anda demorando quando é domingo. Nessas buscas, de tanto reclamar, me disseram que eu beirava à estupidez como se não houvesse nada a fazer, e lembrei da minha mãe e do meu asco, andando pela casa bagunçando tudo ao redor e sempre se queixando de algo. É essa a ironia da vida. Você chora o tempo inteiro por algo que condena que façam, mas anda atrás do próprio rabo num ciclo pobre cometendo os mesmos crimes. Eu vejo isso acontecendo. Eu vivo isso, sou assim também. E ando descobrindo que não há ciclo melhor do que este, de me enxergar melhor a cada instante, mesmo que eu me sinta pequena, pobre, podre, lixo em primeiros momentos. Dá vontade de me perder, mas tenho dito que o oposto, me encontrar, me ganhar e sorrir para o espelho é a fase que mais dura. E quem sabe? Um dia deixa de ser apenas uma parte do ciclo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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