Em um dia comum, com vários jovens com caras amarradas em minha direção, um senhor que trabalha no caixa da Target conversava alto e não parecia se cansar em dizer "Oi! Como está?" e se despedir calorosamente desejando feliz ano novo, sendo dia 5 de janeiro. Alguém ainda deseja feliz ano novo? Pois é, fiquei na fila feliz esperando minha vez, contente por ter escolhido aquele caixa. Depois de ser recebida de forma carinhosa, com vários sorrisos ele adivinhou: "Está voltando para os dormitórios né? Eu advinhei!" e me desejou um incrível semestre e ano. Bom, apesar de tanta oposição aparente, eu tô confiando nesse cara. Mais do que eu posso imaginar.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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