E há sim o momento de esquecer a distância. Há o momento em que o corpo para de responder por saudade, de pedir pelo calor do abraço. É como se entregar à verdade. Não que eu não queira mais, mas é melhor não repetir todos os dias, já que toda essa estrutura que montei desde o primeiro dia, aos trancos e barrancos, pode desmoronar em segundos. Pronto, esqueci. Prefiro lembrar que existe uma tela, que existem pessoas do outro lado pra te abraçar. Ás vezes acredito que pode sim se apaixonar por aí e nesse ponto não sei bem como reagir. Mas é melhor esquecer, por agora, antes que meu corpo pergunte por você, de novo.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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