Nesse lugar tudo brilha. Entrar na rotina com todos esses dias ensolarados, mesmo que frios me faz mais dona de mim. Sempre me enxerguei assim, apesar de todos os monstros que me faziam recuar. Hoje, a sensação é de missão quase cumprida. Sensação de que fiz a minha parte, em todos os âmbitos, que tentei ao máximo mesmo tendo meus erros. Hoje, vejo que não sou perfeita, mas que soube disso desde sempre com um ar de quem buscava por melhora. Até que... evoluí. Ando pela universidade pisando em diferentes caminhos: quero mudar. Desde sempre busco enxergar o mundo e a mim mesma com certa mudança, aquele papo sobre nós e o rio: quando se entra no rio somos alguém, e o rio é um; quando se sai dele, somos outro e o rio também é outro. Não há como voltar. Nem há mesmo vantagem nisso. A evolução pode ser medonha, mas quantas vezes e quantos foram os meus medos, enquanto na verdade enfrentei cada monstro sozinha? Quantas foram, e ainda são, as noites com monstros que me fazem chorar? E no outro dia, pela manhã, sou eu quem me levanto e vivo, estudo, sorrio, me enfrento, me entrego, me lembro, me esqueço, me ascendo, e finalizo sempre lembrando que amanhã é outro dia. E que só eu e mais ninguém sabe quem sou, sabe da minha história e o que sinto.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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