O que será que se ganha quando me perde? Será que se alivia, sorri, gargalha, dorme bem? Será que se cria uma história onde há o lado da vitória? Será que é gostoso, satisfatório, engraçado, sarcástico? Será que passam a me conhecer melhor? Será que a vida fica mais colorida? Será, a minha vida, mais calma e minha. Será meu caminho mais firme, mais seguro. Será meu rosto mais corado, meu corpo mais rígido, meu coração mais valente. Será minha crença egoísta, meu diálogo justo sempre, minha fala sem medos, minha lealdade sempre presente. Será meu futuro mais certo, sem medo, com família e churrasco no quintal aos fins de semana. Será minha certeza de que amar a mim mesma será sempre, a primeira opção.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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