Sim, o blog acaba andando ou rendendo mais com notícias tristes. Acho normal. Já que, desde quando o criei, minha vida começava a ser mais sozinha, tive que lidar com tanta coisa dolorosa e não tinha pra quem falar, que veio tudo parar aqui. Então, acho que dou uma trégua quando as coisas vão indo bem, e depois quando as fases tristes voltam, eu volto também. Na verdade, toda a época realmente boa que tive de uns anos pra cá, passou rápida demais. Tanto, que me lembro como ontem, como foi que começou. Talvez seja isso uma das coisas que mais me dói. Tudo mudou e eu não posso mesmo fazer nada. Aliás, o que sinto mudou muito pouco, mais pelas decepções. E não é apenas por orgulho, mas querer que uma ferida esteja sempre aberta me faz pensar que só mesmo continuar a vida sozinha é melhor. O problema é que aos poucos, volto a me questionar, qual a razão que as pessoas têm de me fazer sentir tanta coisa ruim em tão pouco tempo. O porque de mentir, esconder, fugir, negar. Qual o motivo de ter que fazer algo pra se arrepender. Qual o prêmio que se ganha, quando me perdem. Vejo meu rosto e corpo emagrecendo no espelho, e questiono se as pessoas me enxergam quase como alguém incapaz de amar pra sempre. Se cruzam dados e concluem que sou correta demais. Porque sim, já ouvi isso. Se acreditam sempre que eu deveria aproveitar mais a vida, num contexto que me leva a crer que eu não deveria amar ninguém como faço. E é sempre no momento que estou a crescer, de alguma forma, que me abandonam e enganam, que mentem e me culpam, esse último como um artifício de baixo nível pra que de alguma forma eu tenha uma parcela a pagar. Se eu tenho, já estou pagando. Deixei de crescer por um mês e alguns dias, presa e machucada nessa teia. Hoje eu acredito que todas as forças espirituais podem sim me ajudar e pegar no sono. Mas amanhã... amanhã eu não sei de mais nada. Amanhã eu espero acordar.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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