E então, tudo que eu tinha medo de acontecer, aconteceu. Acredito muito nessa atração de energias boas e ruins, apenas com o pensamento. Aliás, tudo não. Mas cá estou nessa rotina de dormir nove horas por dia, de me sentir fraca e tentar acreditar que vai ser melhor assim. Mais um namoro que fico na dúvida se vale a pena lutar por. Mais uma vez em que namorar sozinha acaba sendo uma questão forte. E não quero isso. Mais quinze, vinte, talvez trinta dias em que vou evitar os meus pais, porque eles estavam se preparando pra conhecer a tal pessoa. E agora não sei o que irá acontecer. Se não fossem os amigos ao redor, eu já teria ligado duas vezes, chorado, perguntado o que há de errado comigo. Mas não tem nada errado, não comigo. E mesmo que no último email tudo parecesse lindo, "eu não queria terminar, sinto sua falta", tentei casar tal frase com o diálogo do dia anterior e não entendi muito bem. Eu forcei a barra, puxei a palavra "break up" da gaveta e joguei na tela. Ela abaixou a cabeça e não teve contra resposta. Achei que fosse isso. Mesmo doendo tanto. E agora tenho esse tempo todo só pra mim, a noite inteira também, tenho finais de semana e essas férias. E tudo que eu soube fazer até agora, foi dormir. Se eu pudesse pedir alguma coisa, agora, eu queria muito conseguir ficar longe por mais uma semana. Mas depois disso, eu queria ver aquele rosto de novo, se possível com saudades de mim, dizendo a mesma coisa que disse no último email. Que aliás, eu não paro de ler. Detesto que minha vênus seja em touro, e que eu fique remoendo e digerindo a mesma coisa por um mês. Enquanto a dela continua em áries, tsc tsc.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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