Isso aqui fica um tanto quanto escondido. Não sei quem lê, mas nunca quis saber, exatamente. É aqui que venho quando sinto um receio muito grande de tentar falar verbalmente, em voz alta, as coisas que sinto. É aqui onde venho quando me canso de reproduzir meus discursos solitários diários durante o banho ou no meu quarto. É que pra tudo que acontece, eu tenho uma necessidade enorme de discorrer sobre, por horas. E tanta coisa aconteceu que não tive tempo nem ouvinte. Com o tempo aprendi a gostar do silêncio, ou a deixar ele me dominar. Mas eu sei, um dia eu posso explodir por aí, tudinho de uma vez só.
A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barri...
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