Desci do ônibus, me veio um frio na barriga. Eu não queria ficar lá, mas também não queria chegar. Desliguei o celular. Um orelhão me deu tempo de dizer : 'Sim, eu tô bem' e desligou. Queria que o caminho fosse longo, dessa vez. Eu sabia o caminho mais curto. Mas mudei tudo. Entre uma rua e outra, passei pela lagoa. Gente e mais gente. Eu precisava disso. Subindo devagar a rua, mais gente, cores, músicas. O parque, brilhante com cheiro de manteiga. Só mais um dia.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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Abraço!