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Mostrando postagens de janeiro, 2012
(...) (...) (...) "(...) E esse piercing? Tira agora, antes que eu arranco daqui! (...)" (...) (...) Procuro boas lembranças, mas tem dias em que o resto abafa.
Sobre amores impossíveis, incalculáveis ou daqueles em que um lado é maior do que o outro eu entendo bem. Mas desses que deixam a gente caminhando na corda bamba, mesmo que as luzes do circo sejam lindas e coloridas, junto com a torcida que grita e já conta que vou chegar lá, enquanto eu vejo a altura em que estou e mesmo que seja um sonho, se eu cair posso me machucar um tanto... esse amor eu realmente não conhecia. Até porque ainda não sei o que é.
Comecei a minha saga a psicólogos logo com meus treze anos. Sempre muito desconfiada, não gostava de estar recebendo recomendações e conselhos. Eu queria ser dona de mim. Mas bem, treze anos, e naquele momento a decisão tinha sido tomada porque eu... "não sabia o que queria estudar no futuro". Acreditem, meus pais achavam que eu era atrasada quanto a minha escolha sobre a faculdade aos treze anos. E mesmo que tão menina, eu queria mostrar que podia sim decidir minha vida (risos). (Mais risos). Ora, quanta pressão em ser a filha mais velha, a única menina da casa. E depois de tantas semanas falando sobre matérias e matérias... a psicóloga, Lúcia (me lembro de todas) me levou à sessão dos desenhos. Aí sim foi o meu momento de revolta. Peguei o papel e o lápis numa ânsia incrível, e ela me deixou sozinha na sala. Fiquei uns bons minutos fazendo os detalhes e no fim, concluí que tinha sido legal. Ela voltou, e eu entreguei a folha. E no momento da análise, as seguintes palavras
E esses simbolismos que na verdade são tudo pra mim, podem não ser nada pra ela. Juro que fico longe, converso normalmente, já que seus olhos dizem que assim é melhor, caso possa me machucar. Ai, eu realmente devo ter a cara de uma criança totalmente inofensiva... Mas acabo gostando dessa preocupação, que me protege e enfim, me ganha em partes. Como se não bastasse a meia confusão na minha cabeça, logo depois de dizer tudo aquilo, sobre afastar e estar sempre atenta ao desapego (as últimas palavras são minhas, por conclusão.) ela procura minha mão embaixo da mesa. Segura, solta sobre sua perna e começa a acariciá-la devagar, tendo como uma pequena propriedade instantânea. Sim, eu consegui não me deixar escorrer pela cadeira. E aliás, tenho feito isso. Me segurar, firme. Se tenho que sair um pouco, eu saio, converso com quem quer que seja, sorrio, estou voltando a ser quem eu era antes de tanta lição estranha. E aí, quando volto, me sento. E mesmo sem olhar pro lado, ela vem com um
Olha bem no quanto sou "forte". Vou passar o dia me lembrando que depois de tanto tempo, gargalhei e senti cócegas. Não sei ainda o que foi melhor: me contorcer pra fugir, com vontade de ficar e esconder meu rosto com o desespero mais sutil e engraçado, ou não saber usar o poder que tive nas mãos e apenas sorrir diante das gargalhadas que pra mim, eram inéditas. 
Meu medo é exatamente os detalhes com que deparo no cotidiano. Antes, eu adorava. Hoje, existe aí um receio. Tem dias que prefiro passar pelas ruas mais vazias, novos caminhos, mesmo que esteja tarde e possa ser perigoso. Mesmo que eu fuja de tudo, mesmo que eu troque um bocado de coisa, a roupa, o cabelo, as músicas... eu percebo que minha essência não muda, quando passo na frente da floricultura mais fofa da cidade e me deparo com o cartaz: "Flor da semana: Lírios." E que venham os desafios.
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"Me liga quando chegar. Não corta tão curto. Não vá se apaixonar. Não bebe tanto assim. Não faz essa cara. Tá curto demais. Tá hipster. Toda uemguer. Susu. Não vive sem mim. A gente é amigo desde neném. Ela me ama gente, ela me ama." Por onde diabos você andou nos últimos anos? Que eu só fui te "conhecer" agora?
Eu queria mesmo era ter realmente o ego elevado. Quem me vê sempre tão contente com o "foda-se" ligado no último volume pra tudo que possa me deixar triste, não conhece metade da minha insegurança. E se eu fosse tão segura assim, eu não estaria nesse quarto agora, estudando coisas que já estudei, por medo de não passar na prova (que passei antes, com pontuação ótima, mas a pauta venceu). Eu poderia estar no parque, me divertindo sozinha ou com amigos. Ou poderia estar praticando no Adobe, e terminando meus vários projetinhos que começo e paro. Eu poderia estar trabalhando nisso. E ganhando bem até. Poderia ainda deixar esse receio de lado e conversar com tantas pessoas de novo, sem pensar o que estão pensando de mim. Na verdade, eu poderia convencer as pessoas de certas coisas. Como convencer de que posso sim, fazer alguém feliz. Mesmo eu tendo 20 anos, e gostando de rosa. Mesmo eu tendo o amor, com referências estranhas na minha cabeça. Eu poderia pedir que ficassem perto d
E aí, eu abro aqueles textos que já li e reli. Pra ver se sai alguma coisa aqui de dentro. Boa ou ruim. Que exale de uma vez. E depois eu te conto num sonho é claro, como foi.
É normal, mas não acho que seja saudável quando eu sinto que preciso de ir até uma outra casa pra me divertir, ou me sentir em paz. Isso de não saber viver sozinha... eu não quero mais pra mim. 
Esse sol escancarando a janela me enche de energia boa. Mas preenche todo tipo de energia por aqui. Essa casa é puramente estranha pra mim... não sei se aquele céu encardido é melhor, por ser mais triste e silencioso, do que toda essa amargura em palavras e gritos que escuto e engulo, seco, diariamente. Venta, venta e leva embora.
Uma coisa é fato. O mundo fica mais engraçado quando ela tá do meu lado.
Podia ser somente mais uma festa de família, da qual eu teria ótimas lembranças (e terei!), fotografias e essa fraternidade plena que surge de dentro de mim, ao reencontrar parentes e amigos que fico sem ver e conversar por anos. Mas aí, esse samba lá fora, a embriaguez que agora, com tal idade eu exalo, meu sorriso não mente. A gente cresce até o dia em que resolve amar. Depois disso, os olhos vão ficando cada vez mais fundos, o rosto empalha um sorriso e uma feição automática daqueles que sofreram demais. A vontade de reamar me fez andar por aqui, em cada canto, observando coisinhas que há tempos eu não reparava. Já não faz mais frio, e o vento só me deixa um pouco arrepiada, consequência da minha velha mania de procurar um casaco por aqui e ali. Na verdade, é esse gosto por abraços que tenho. E preciso aprender a viver sem tantos abraços. Ficar sozinha, comprar mais edredons. Pareço dramática se eu disser que só tive um amor. Mas lá fora, um bando de "tios e tias exemplo&qu
Não é fácil assim, sabe. Levantar e sorrir todos os dias, pensando no alívio. Quem é amigo lê nos meus olhos, o quanto é complicado pro soldado voltar pra luta. E ver até quando o coração vai ter medo de voltar a amar. Não não, não é bem essa a questão. Mas deixei de sentir tanta coisa... não sou mesmo de me entregar por aí em qualquer beijo em qualquer cama. Mas quando acontece rouba um pouquinho de mim. E leva embora. Então imagine o que restou de um amor de dois anos. Eu venho procurando meus restos nessas segundas feiras, terças, quartas. Desgastou tanto que eu pensei: não quero mais amar, ponto. Nem gostar tanto assim, mais um ponto. Mas daí veio aqui uma garota com uma bicicleta e me chamou pra dar uma volta. E eu ainda tô dando voltas por aí, porque ouvi dizer que a gente ia fugir. Acho que ela também não quer mais amar. E nem eu. Não sei bem se é isso. Mas o que me confunde é gostar demais do cabelo dela ao vento.
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Presente de um amigo. Amigo mesmo, sabe?
Foi como num passe de mágica pra eu me ver mulher. Não foi recente, me lembro bem. Tudo exigia isso de mim, então era o que eu tinha de fazer. Mas aí, quem exige também é exigido. Me portar como uma civilizada mulher nunca foi complicado. Mas complicado pra mim, é lidar com quem exige e tem a alma tão pequena. Hoje, é que quero para fazer jus ao que me tornei. Já chega de me entregar a quem tem o rosto tão distante e a alma tão pequena. De hoje em diante, eu quero gente grande. Assim como a vida me fez.
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Esse som de nada que escuto, me traz uma paz incrível. Chega a ser estranha essa tranquilidade. Eu, que quase me acostumei ao caos e à tortura cotidiana de quem prefere soltar bombas e implodir corações, hoje me sinto incrivelmente em paz. Não há gritos, se não por minha euforia interna. Eu, que sempre busquei o melhor dentro das pessoas ao meu redor, hoje recebo a recompensa da paciência e perseverança que tive. A sorte de um sorriso tranquilo e sincero, que chega a me arrepiar e claro, contagiar, quando diz que está chegando. Ô menina... você não faz ideia de como me faz bem.
"Que tudo isso não atrapalhe a sua vontade se ser regada por outras mãos, querida Soo, pois agora você sabe a quantidade de água que pode te afogar!"
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A música baixinha do lado do ouvido, quase como caixa de abelha. Podia narrar cada cena, e agora fazia força pra se lembrar dos detalhes. Lágrima a lágrima. Agora sim elas podiam sair, calmamente. E ela tinha a noite toda, só pra aquilo. Deixa o rock levar embora... e deixar ver como olhar pra dentro e não sentir mais vergonha e nem medo pode ser libertador. Ela pode olhar pra dentro, e ver que já está acordada. Com os olhos bem abertos. Molhados, mas abertos.
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Descarreguei o último ponto de energia que me prendia. Como se tivesse pisado num chiclete. Desabafar não parecia tão necessário, até eu deitar a cabeça no travesseiro em certas noites. Talvez seja mesmo melhor eu não guardar mais essas coisas ruins só comigo. Não quero desejar mal a ninguém. Não quero guardar rancor. Eu só quero que essas cenas vão embora de uma vez por todas, e que esse medo estranho durante a madrugada me faça parar de tremer, já que faz tanto calor.
Eu disse que iria fugir, mas acabei me apegando à frase: " Admito sim ser uma fuga. E estou te levando comigo." 
Tem dias que eu escuto cada coisa... que fica difícil acreditar que foi mesmo com aquela pessoa que consegui passar dois anos e meio junta. Fica difícil até mesmo associar certos momentos bons que eu senti que foram, à quem escuto falar hoje. Sinto pena, e nesses dias em que a ponta de raiva me sobe à cabeça, eu realemente penso em gastar dois sérios minutos pra escrever isso aqui.