Eu queria mesmo era ter realmente o ego elevado. Quem me vê sempre tão contente com o "foda-se" ligado no último volume pra tudo que possa me deixar triste, não conhece metade da minha insegurança. E se eu fosse tão segura assim, eu não estaria nesse quarto agora, estudando coisas que já estudei, por medo de não passar na prova (que passei antes, com pontuação ótima, mas a pauta venceu). Eu poderia estar no parque, me divertindo sozinha ou com amigos. Ou poderia estar praticando no Adobe, e terminando meus vários projetinhos que começo e paro. Eu poderia estar trabalhando nisso. E ganhando bem até. Poderia ainda deixar esse receio de lado e conversar com tantas pessoas de novo, sem pensar o que estão pensando de mim. Na verdade, eu poderia convencer as pessoas de certas coisas. Como convencer de que posso sim, fazer alguém feliz. Mesmo eu tendo 20 anos, e gostando de rosa. Mesmo eu tendo o amor, com referências estranhas na minha cabeça. Eu poderia pedir que ficassem perto de mim, porque eu saberia exatamente o que fazer, e saberia o que dizer nas horas críticas. Ah, e com certeza eu iria conseguir ouvir mais, as pessoas que tanto prezo. As pessoas que mais gosto, e que me rodeiam, praticamente não falam de si. Mas aí, insegurança define meu status de humor hoje. Agora. Espero que não sempre. Afinal, isso não é só proteção. É um flagelo.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
Comentários