Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2012
Como se eu tivesse que aproveitar tudo, com muita pressa e muito amor, com tudo que tenho e agora, sempre mais e mais agora. Porque existe uma multidão do passado, presente e futuro que pode me esmagar.   Como se eu tivesse que agradecer com toda força, porque fui escolhida. E me esqueço da multidão de cá, e de que também escolhi porque quis. É que qualidade sempre foi tão maior que quantidade, que eu espero ver qual fruta cai de podre e qual me espera colher.
Lights Out by Matthew Pop on Grooveshark Vinte minutos que a chuva parou. É quando vou pra janela ver como estamos. Parece ruim, detesto perceber que são seis horas da noite, que é fim de chuva e novembro está chegando. Novembro, quase sempre é ruim. Chocante, com um peso que a cada ano fica maior. Não sei explicar. Mas eu disse que depois da chuva, eu fecho tudo e só abro a janela. Também não sei explicar, mas se estiver sozinha, mais sozinha fico. É meu esse tempo e só. Apesar do poço de sensações cabisbaixas que preservo dentro do quarto, é como minha parte realista gritando que a gente cresce e o mundo acaba sendo mais perigoso do que antes. Todos que eu enxergo erram, alguns porque gostam, alguns porque é engraçado, outros não acreditam em erros e eles juntos, tem os que não sabem ainda e outros que nunca, nunca vão confessar seus erros. Eu, erro por pensar assim. E quando chove, anoitece rápido. E a qualquer hora da noite, parece tarde demais. Tarde demais pra qualquer
Silence by Lucia on Grooveshark Que te hizo en querer quedarse hasta ayer, se ve tan distinto aceptar a rendición (?) Y busco en las pupilas que se dilatan y no te veo acá. No te burles, no llores, solo hablame. Es que conozco el mundo de los platónicos como nadie. No tengo miedo a quedar sola, yo tengo miedo a la ilusión. Solamente quiero vivir lo que yo merezco. 
O estrago, o impulso, o erro e o imperfeito. O acaso, o avesso e quando tudo parece errado. É por esse caminho que acabo seguindo, contra a corrente. Parece burrice, pessimismo e fraqueza, mas no final eu tenho a garantia de que era aquilo tudo mesmo que eu queria.
Desenho da forma mais crua possível, se é que isso é desenhar. Tudo sempre redondinho e fofo que fico com medo de não crescer mais. Sempre com o pé, aliás os dois pés nesse mundo que custa a me deixar bem... porque confortável não é necessariamente bem. Até outro dia eu tinha medo de usar vermelho na boca, coisa de mulherzinha que não sou. Não sou mulherzinha, nunca me encaixei no mundo mulherzinha e sinto uma falta danada de entender isso. Tanta vontade dos que disseram que ficaria bom e eu usei vermelho na boca, na orelha, nos pés e com medo de parecer algo que não sou, como fresca (procuro adjetivos, mas não os encontro e escrever é urgente agora), saio de casa com um "foda-se" escrito na testa, desperdiçando bons momentos ao ver crianças dentro de ônibus e não sorrir. Porque ás vezes acho que só elas me entendem. Têm toda a pretensão do mundo naqueles olhos, mas infelizmente não o fazem pelo tamanho nada avantajado. E eu era bem melhor, quando era criança, era mesmo. Eu
Eu esperei até o fim da conversa, pra tomar coragem e perguntar se por acaso não se sentiria bem caso algum dos seus amigos ou conhecidos, zombassem de alguém que namora uma criatura seis anos mais nova e com espinhas no rosto. Mas no meio da frase, seu sono foi bem maior do que qualquer coisa e eu sempre entendo que todas essas coisas soam como o destino quis assim, então deixa ser. Eu ainda piso em ovos, porque cautela nunca é demais e eu sempre tive uma espécie de receio com o que sinto. É que explode, e eu tampo os ouvidos e o nariz, fecho os olhos e a boca esperando meu corpo estremecer. Depois do boom eu sinto que fui mais feliz assim. Mas com você diante de mim, o olhar que não foge mais, e quando deixa de falar de sexo do modo mais superficial, que eu sei que te faz mais forte ou menos vulnerável, pra dizer que eu consigo esquentar a cama e que quando chegar, vai ter churros ou um desses pratos que sabe fazer melhor do que qualquer um, me ganha. Eu só quero ter por perto, se
Foi bom ter saído e percebido que era horário de pico, eu iria esperar no mínimo uma hora dentro do ônibus, tempo de sobra para pensar. Afinal, é isso que faço com tanta frequência, e com tanta vontade. Saí do hospital com um frio estranho, depois de sentir tanto calor. E depois de toda essa agitação que é minha vida, parar por minutos calculados por um crachá tentando entender tamanho valor que a vida tem. Me questionei pelos passos lentos, e o sorriso no rosto, as frases e narrativas, a piscada irônica por causa do pai, a comida, o medo de sempre e o que eu estava exatamente fazendo ali. Mas isso era realmente o de menos. Aliás, mesmo depois de tanto pensar, questionar e lembrar de tudo que eu fui um dia e o que me tornei, fazendo isso pra ela e para os outros, foi inevitável: entender é impossível e realmente desnecessário. O raciocínio escapa à qualquer tipo de emoção. E o silêncio conseguiu engolir quase todo o passado enquanto eu pisava ali. - setembro.
Deixa o sudoku no criado, maço de cigarro na janela, o placar do jogo no colchão, a caneta sem tampa, o isqueiro na cozinha, o chinelo pelo quarto, o caderno que já nem quer levar mais... Eu prometi um dia, guardar tudo pra ter alguma coisa quando fosse embora de vez. Mas hoje eu não consigo tirar nada, nem uma peça do lugar.