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Mostrando postagens de fevereiro, 2013
Passei algumas noites falando com a cortina rosa sobre alguns motivos que desconheço, mas que explicaria toda essa areia no meu olho direito antes de dormir. Fica vermelho, eu choro um pouco e passa. Passa quando acordo de manhã e percebi que dormi bastante até. Não sei quando de fato aconteceu e peguei no sono, mas descansei. Sempre atribuo essa vermelhidão nesse olho, por ficar horas e horas nesse computador lerdo. Mais lerdo que eu, muitas vezes. E venho me conformando com o olho estranho, o computador lerdo e quando as coisas começam a não dar certo. Ou simplesmente não começam. Eu prezo a positividade, juro. Sou eternamente grata a Deus, ao destino, à minha história como pessoa, quando olho pra trás e vejo que tudo poderia estar bem pior. Eu sempre fui o tipo de garota que não queria ter ninguém por perto, porque isso causa dependência. Nunca provei do cigarro e nem de outras coisas que me fariam curtir a festa um pouco mais porque causaria dependência. Meus pais não me conhe
E essa mania de me convencer que eu já vou dormir, porque já vai passar. Ou talvez, na hora de acordar, seja tudo aquilo uma grande invenção ou mentirinha boba. E outra mania de deixar levar, deixar chover, deixar molhar, pra confundir quem tá em casa aí, assistindo tudo, e eu não contar que no meio da chuva, descendo pela cabeça, enquanto eu rodo e canto, tem mais lágrimas do que eles imaginam.
Sei mais nada , de fazer silêncio quando é preciso, de pedir pra não deixar morrer. De querer e saber que quero e dizer que quero e não deixar morrer. De fazer por onde, deitar com sono, dormir sem fome, sem sede, sem dúvida. De lembrar do rosto, lembrar que erro, lembrar que amo, querer de novo e mais, pra longe, pra cá, junto de mim. De tocar e ver, ver e olhar, mas olhar e enxergar, deixa esquentar. De deitar e rir, gargalhar, correr sem fugir, ligar o peito, desligar a cabeça. De ouvir a voz e derreter, deixar molhar, deixa escorrer, deixa chorar, deixa gemer, deixa gritar, deixa. De dormir, sonhar, acordar e enfim, não deixa, não deixar morrer. 
Consegui um travesseiro maior. Mais fofo. Uma delícia. E eu, que nem ligava de dormir sem um. Nem ligava de dormir sozinha, de acordar suando por botar duas cobertas no verão. Um frio que não saía de mim. Mas aí, a Ana veio, esqueceu a escova de dentes e sempre que podia, esquecia de novo. No primeiro dia eu achei graça, olhando do espelho, uma escova a mais na casa, na segunda vez eu me assustei, mas resolvi deixar lá mesmo. Mas aí, quando ela ia embora eu sentia falta do travesseiro. Que eu não ligava de não ter, mas que seria ótimo se por acaso eu tivesse. E ando trazendo mais edredons. Porque eu tenho que dar um jeito até junho chegar. E vou me virando até ela voltar.
Elas eram minhas amigas. As melhores. Eram irmãs e moravam cinco casas depois da minha, nos fundos. Estudávamos na mesma escola, e sentia uma coisa boa dentro de mim, quando pensava que elas poderiam ser minhas irmãs também. Poliana e Lorrane, as duas com cabelos loiros, uma sempre pensando nos meninos e a outra em brinquedos ou nas notas da escola. Sua professora era mais brava que a minha e ela gostava de andar na linha. A Juliana era a mais velha, e a gente via pouco, mas quando ela me via, me fazia sentar na calçada lá fora pra contar mais um capítulo do caso "Nick", um garoto lindo que ás vezes dava bola pra ela, mas namorava mesmo uma garota da sala dela. A minha casa era grande demais, tinha um quintal enorme, bola, bicicleta, televisão e computador. Mas ir até aquela casa e entrar no portãozinho enferrujado no final do beco e passar correndo pela casa da dona Zu, que elas diziam ser uma bruxa, pra mim era sim o paraíso. E eu preferia ficar lá, no único cômodo que
Lavamos todas as roupas. Ela lavou. Com aquele ar de quem precisa limpar tudo de uma vez só. E eu assisti com uma leveza que chega a ser fraca. Acredito que nunca me sairão as pulgas, as que ás vezes não me deixam dormir. Não entendo porque em mim. Mas resolvi deixar pra lá. O que tiver que ser, serei só, serei dela e de mais ninguém, serei minha e querendo ser talvez. Não quero explicação pro que me formiga as pernas, corrompe meu amor, me deixa fraca e sozinha, com cara de vilã. As roupas sujas de hoje, estão aí, limpas e secas, já que esse sol sempre me favorece. Então... rodopio os olhos sem me mexer. O espaço da  cama é pouco, ela me aperta os braços. Pretendo não reclamar do presente, não planejar o futuro. Meu passado já era faz tempo. Eu vou mesmo é aumentar o volume do samba, que mesmo chorando me mata de rir.
Mais do que nunca: difícil é quando o nosso inimigo mora dentro da gente. Resumo isso por noites inteiras, ando tentando dormir rápido, mas na última semana não aconteceu. Detesto essas frases que parecem ter saído de páginas adolescentes, ou aquela coisa de gente que dá conselhos demais com frases feitas e sem efeitos, mas foi inevitável. É o auto controle que falta, que não existe, que desaparece e me deixa com a cabeça e o peito quentes, quase explodindo. Se explode, até hoje não sei. Apago e quando acordo estou ali na cama olhando por teto, com a barriga roncando, esqueci de comer, uma dor atacou, a solidão de ficar trancada dentro de um apartamento por um dia inteiro me faz querer pular pela janela. Não nego, digo na forma mais fantasiosa possível, sem deixar de lado essa minha mania de querer voar. Eu sei que é estúpido querer ser perfeita. Ninguém é, todo mundo erra. (Outra frase feita). Afinal, também é estúpido se nivelar tão baixo. É nessa hora que consigo pegar no sono. Er