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Mostrando postagens de setembro, 2013
Ei pai, aqui parece um vulcão em erupção, apesar do frio ter apenas começado. Eu sei que escolhi essa vida, e sei que está sorrindo a pensar na carreira de alguém que viaja tão longe só pra estudar. Mas olha pai, tem dias que só queria mesmo estar aí em casa, deitada no sofá vendo os programas que você detesta e diz, ou aqueles programas que você acha legais, bonitos, mas não dá um sorriso por teimosia de pai, que não pode dar o braço a torcer e concordar com a filha ariana. Ah pai, eu sinto sua falta viu.
Vejo nas frestas um refúgio pra depositar esses espinhos. O mau humor que chega de mansinho e me tira todos os sorrisos e os motivos pra tentar caminhar sem pressa, vendo o jardim lá fora. A saudade que dói e que me faz ser injusta comigo e com os outros. A preguiça de conseguir mudar isso e a impotência que me lembra que preciso ter muito mais paciência, e nada muito diferente disso pra complementar. 
Aquela festa me deixou à flor da pele do início ao fim. Não gosto muito de lembrar, mas algumas particularidades nunca vão me sair da mente, por coisas tão bonitas e delicadas que se passaram. Eu procurava entre gritos e mais gritos dos copos de bebidas e confusões adolescentes dos meus amigos, um refúgio que me mantivesse na cadeira sem me coçar, sem que meus olhos marejassem mas que me emocionasse. Foi aí que ele chegou. Pediu o violão, de forma tranquila. E escolheu com o coração a única música que tocou. Nem ouvi sua voz, foi muito sereno. E olhou pra mim durante esse tempo apenas pra que tivéssemos certeza de que eu ficaria bem, senão depois, mas durante a música pelo menos. Fez sua parte, me olhou nos olhos e eu senti o desejo de boa sorte.  Santa Chuva by Maria Rita on Grooveshark
Aos fins de semana escrevo cartas e invento desculpas para dormir o que eu queria durante a semana. No meio de tantos outros, sou so mais um pedaço de saudade, de quem sente falta de praticamente tudo mas que sabe apreciar o presente de forma considerável. Nao entendo ainda, diversas mudanças desnecessárias, contava apenas com mudanças brucas como o tempo, a chegada da neve e seus bonecos, a dor do frio misturado com o glamour do natal em Nova Iorque (onde pretendo passar). Mas eu disse que aguentaria. E ca estou. Desisto do que nao tiver mais sentido pra mim. Mas se sinto tanto, tanto, e porque na verdade ha muita agua nesse rio. (Me deixa mergulhar e sentir tudo que eu precisar).