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Mostrando postagens de novembro, 2009
M inhas bonecas me olharam por dentro da mala grande. Questionaram se algo vai mudar. Claro que não! Tem coisa que fica guardado pra sempre, e acredito que foi tudo como tinha que ter sido. Mas as pequenas, continuam a me olhar, sem saber pra onde vão. Não se preocupem, tudo fica bem, tudo passa. Sempre passou. Além do mais, nunca me senti tão bem, como agora. Sem carga alguma nas costas. O coração puro e aberto. Aprendi com vocês meninas, com vocês. Não preciso mais mentir com os olhos, nem forçar sorrisos, nada. Sou eu, eu mesma agora e sempre. Nunca menti, nunca farei isso. A melhor forma de se libertar de algo, é encarando a própria verdade.
Mudam tudo. Minhas cores, meu novo horizonte, minhas fontes. Depositei a partir de hoje, minha felicidade em mim mesma e em minhas metas. Antes era assim, porque não voltar às origens? Vejo tudo de uma forma tão diferente, que acho que mudei até meu semblante. Preciso agora ler, ler muito. Conhecer muita coisa. Quero me dar o valor. E quero que me dêm valor. Há muito não sinto isso.

primeira tentativa

Na certa, não vou acreditar de cara. Farei tudo conforme o ritmo, o meu próprio e mandarei todos seguirem de acordo com ele. Na certa, terei medo, mas irei esconder tudo, bem escondido. Na certa, estarei só, mas feliz. Tenho mãos gélidas, um rosto assustador, e hoje, posso controlar minha sonolência, se não beber remédio. Tenho pernas fracas ainda, mas isso é e sempre foi coisa minha. Minhas espinhas não são tão horrendas assim. Meu cabelo melhorou um bocado depois da química da esquina. Na certa, aprendi um monte de coisas, e tomei juízo de que nunca foi exatamente como eu quis que fosse. Talvez amanhã tudo mude de novo. Mas vou viver agora. Eu não te amo tanto assim. Foi questão de não seguir meu ritmo, e sim o seu. Assim, quase siamesas, acabei mudando tudo de lugar. Por isso pensei em voltar. Não é tão forte assim. Mas tudo bem. Não é assim, coisa de alma.

Parecia pressentimento.

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Fiz essa foto há um tempo, e escrevi isso apenas por sentir.
Hoje, queria prolongar meu sono, como tentei fazer há dois dias atrás. Voltei a estaca quase zero, me sinto mal e perdida outra vez. Sei que uma dose de otimismo não faz mal a ninguém, mas dessa vez, o contráro tomou conta. Acho que já disse por aqui, como novmebro me dá nostalgia. Muita! Me machuca pensar que faz um ano que deixei a vida escolar, que esse ano passou rápido demais (sempre assim), e que, apesar de todos os meus esforços, pode ser que nenhum dos meus sonhos se realizarão. Nenhum! Talvez eu tenha que mudá-los agora. Mas não quero. Não! O que foi isso, que aconteceu? Tento entender, de verdade. Era tudo tão mais fácil, foi ficando alegre, foi ficando real... e hoje eu me pergunto, o que foi que aconteceu? Onde estão meus sonhos? Minhas metas? Onde estão agora, todos aqueles planos, sobre as roupas no varal? Onde é que guardou os textos, pra onde foram? Falta explicação. Muita explicação. Por nada, por nada, e como pó se esvoaçou pelo vento, sem me deixar pegar e observar s
Não quero mais dramatizar cada detalhe da minha vida. Eu, depois que aprendi a escrever assim, não parei mais. Mas chega a ser patético e eu mesma já me sinto irritante assim. Tentarei colocar mais humor, pelo menos mais realidade em cada frase. Ops, realidade não. Acho que... mais humor, mais humanismo. Só. Porque, se eu for contar que me sentei numa calçada pra conversar com uma flor, bem, vão dizer que estou insana! Mas pensando bem, não é tão insano assim. Minha avó materna, segundo minha mãe (não cheguei a tempo de conhecê-la) conversava, brigava e elogiava as plantas do quintal, a fim de vê-las melhores e mais bonitas. Pois bem, conversei sim com as flores. Elas me dizem muito, sei que dizem. A única coisa que fiquei intrigada, foi com a chegada delas, ali. E no quanto elas estão resistentes ao calor estonteante e quando vem toda aquela chuva, como elas ainda estão lá? Lógico que ela não responderam né? Seria insano demais da minha parte. Mas bem nessa hora bateu aquele vento. Be

Não me dê chá de lírio rs. Se não eu tomo.

Todas as músicas que eu escutava lá com meus treze anos de idade, hoje fazem muito sentido. Muito. Desde as antigonas da Avril, até meus desesperadores RBD's. É, nunca imaginei que não iria aguentar ouvir uma música, porque nessa hora, meu remedinho não faria efeito. Coisas como 'caí lá do alto', ou mesmo 'voooolta!' fazem um sentido de me arrepiar! Mas hoje, hoje estou melhor. Não bem, mas melhor. Consegui sentir a noite e seu vento, me consolando. Consegui falar com amigos, e tocar nos lírios sem chorar. Me lembrei que ainda não sei cuidar de lírios. Os do meu quintal, estão mesmo morrendo e não sei o que fazer. E me lembrei que quando estava em Lavras, meus pais me deram lírios e estes também morreram. É incrível, mas eu ainda consigo ver minha vida e sua expectativa de acordo com lírios ao redor. Mas seria insano demais, não? Os lírios que morreram quando fui embora, voltaram a nascer. Pudera! Eu estava tão feliz. Eu ainda consigo sentir tanta coisa... que não q
Eu pensei em não escrever mais por aqui. Pensei em deixar de lado, internet, e minha vida enfim. Juro que minhas forças tão se esgotando. Chorar não basta mais. Enquanto todos me dizem que 'foi melhor', eu me desespero, quero sair de casa, quero ficar no quarto. Em cada rosto que vejo, enxergo você. Em cada carro que passa, eu consigo ver você lá dentro. Meu quarto ainda tem toda aquela bagunça, de antes da festa. Depois da festa. Roupas espalhadas, minhas lágrimas pelo chão. Me disseram pra ir embora, sumir! E minha vontade é de dormir, e não acordar nunca mais... Queria antes entender por que. Por que teve que acabar? E será que acabou mesmo? Eu queria sonhar com um tempo longe, que também torture assim, mas que seja um tempo longe. E queria poder voltar e fazer tudo outra vez do seu lado. Porque tudo que eu fazia, era do seu lado. Tudo. Ainda acordo procurando meu celular. Ainda vou na calçada e espero você passar. Ainda choro por qualquer coisinha, mínima que seja. Pela pri
As ironias tão divertidas, aquele humor negro, de verdade me fazem ver o lado da vida que não via. Sei que posso em alguns segundos, se estiver mal, encontrar um pouco de força ali, do outro lado. Ou então deixar minha força ali dentro, por escutar tanta toliçe junta e me fazer rolar de rir. Nunca, uma calçada teve tanta história pra contar. Ou melhor, durante minha infância, teve sim. Mas em tão pouco tempo, não. Ideologias ainda pouco formadas, se unem em busca de diversão, de crescimento lógico. Sofrimentos, coisas sérias, ora tolas. Tantas personalidades diferentes, tanto conteúdo, difundido em alguns personagens que criamos juntos. Meu otimismo, se mistura a um monte de pessimismo e ainda a um monte de sonhos (sempre, os sonhos aí outra vez!). A criatividade à flor da pele, me fazendo arriscar em hobbies antes guardados. Desenhos, fotos, músicas em comum. Tudo isso e mais um pouco, mas o que realmente marca, são os dias e as ações que fazem por mim. As piadas sobre os outros, so

Leiam rs.

http://apenas-uma-palavras.blogspot.com/2009/11/cazuza.html

Uma pilha, pouco ambulante.

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Minhas pernas inchadas, o calor me embriaga. Uma ansiedade quase sem motivos óbvios, não consigo me fixar em nada. Ofegante, insatisfeita, por favor, não discordem de mim. Quero um livro, quero uma música, quero ficar sozinha, como antes, bem antes. Quero conseguir chorar hoje, comer sem vomitar, quero poder me controlar hoje. Controlar qualquer coisa em mim. Se eu pudesse me parar, se eu pudesse me refrescar, se eu conseguisse pensar! As músicas que tocam, tão lentas, tão calmas, me deixam com ódio, quero quebrar tudo ao meu redor. Eu só quero conseguir me controlar, só isso. E sei que daqui a algumas horas, só restará uma ponta de depressão, por ser desse jeito, ter tanto defeito e não entender que o perfeito, não existe.
Eu deveria tomar um banho, tirar minha maquiagem, lavar esses mes pés tão sujos. Deveria arrancar um bocado de coisas da cabeça, selecioná-las muito bem e jogar as outras fora. Mas cá estou eu, escrevendo de novo. Sozinha, como eu disse com frases de músicas por aí, eu nunca havia me sentido assim antes. Talvez eu sempre tenha sido só, mas só percebi agora. Os meus maiores medos, cairam em terra. São fatos relatados agora. Todas as esperanças estão mesmo na corda bamba, dançando e dançando, quase caindo. Será que não deveria ter me entregado? Hora nenhuma? E como eu sentiria amor? Por vezes, sonhei que não receberia o superficial, e olha o que me vem! Como acreditar em exatamente tudo, se tudo em uma fração de segundos, parece virar pó pelo ar? É por isso que eu deveria tomar um banho, arrancar de mim tudo isso. Me reinventar. Chorar tudo que puder. Deveria olhar pro jardim e dizer bem alto, que talvez não adiante que eu regue minha planta todos os dias como eu faço, porque os lírios p
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N aquele dia em que acordar te traz nostalgia, e gritos te cortam a pele. Assim permaneço. E a cada navalhada, tento esquecer da realidade, dormindo. Sei que pela noite, tentarei me satisfazer em alguns copos. Sei que sou fraca demais, e hoje à flor da pele eu não contenho nem uma lágrima se quer. A parte boa, é que amanhã acordo um pouco mais forte. Darei trabalho à quem ficar muito perto. Hoje, talvez eu coloque uma máscara, um vestido e um salto, coisas que não uso quando sou eu. Hoje, vou gritar pra ofuscar minha dor. A dor de tudo. De saber que não posso ter tudo que quero e que tampouco sou capaz de conseguir. Um pouco de pessimismo não faz mal à ninguém. Mas quando ele chega a mim, faz um estrago danado. Tenho um pulso roxo, um rosto marcado por esse mar de rancor e sentimentos (que eu nunca consigo esconder), uma mão trêmula, esses braços fracos que pedem pra dormir. Tenho espinhas ainda e bem, me pediram pra que eu não fosse infantil. Acho que já disse aqui mais vezes, mas o f

12 horas. Parte 3.

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Estava em êxtase. Não poderia acreditar que mais um sonho meu se realizara. Apreciei cada segundo, como se fosse morrer depois dali. Vendo você como uma criança, ora rindo de formigas em cima de mim, ora chorando por medo de borboletas. Seus gritos de insatisfação por tanto inseto, me fazia rir, sem querer e sem poder parar. Era lindo. Trocamos de lugar tantas e tantas vezes você você queria mudar. Sei bem, que foi disso que gostou. Poder conhecer cada cantinho daquele lugar, cada água que descia e de onde viria... Era um lugar tão conhecido pra qualquer um ali, menos pra mim. Mesmo lembrando de algum lugar e alguma característica, sei que só conheci do seu lado. Porque só do seu lado, eu soube valorizar tudo. Tudo mesmo. Me entreguei mais uma vez, quando resolvi me esquecer do resto do mundo e pensar que só havia eu e você. Eu fui a pessoa mais feliz do mundo. A pessoa que mais sorria, sabendo o porque, e querendo saber se aquilo ia continuar pra sempre ou não. Sempre fui ansiosa dema

12 horas. Parte 2.

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S ubimos com fôlego de quem acabava de nascer. Talvez fosse a mesma sensação que sentimos, depois de conseguir dizer que renovamos e recriamos o que chamam de 'ficar a dois', 'a duas'. Duas que acabavam de nascer e subir a serra com total fôlego e energia de uma criança que há pouco nasceu. Chegamos procurando o melhor lugar. Claro, merecidamente o melhor lugar. E nem percebemos ou observamos onde seria esse melhor lugar. Somente pensamos e unanimamente fomos para o mesmo canto. Uma grama, na beirada d'agua um mundo de árvores, aquele arzinho gelado depois de um calor escaldante. Cada segundo parecia perfeito. Te entreguei uma caixa vermelha, um embrulho tão simples, realmente parecido a mim, com uma corda mal feita. Foi tudo que consegui fazer. Sempre me vem um medo enorme, olho pra você e espero a ação do seu rosto ao ver tudo. Por mais que eu saiba que se um dia não gostar, sua feição pode chegar a me enganar comum sorriso parecido aos anteriores. Mas acredito qu

12 horas. Parte 1.

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Começou um pouco antes, lá pelas cinco e meia da manhã quando me levantei. Nove meses, quando fossem umas nove da noite. Nunca mais me esqueço. Me vieram na cabeça, por partes cada instante de um beijo que me deu amor e medo. Mas que logo, dispensou o medo, o amor teve mais espaço. E o que mudou? Tudo! E depois que chegou, como foi que fiquei? Todas as horas, de desconfiança conversando numa calçada, todo aquele pavor de gostar demais. Xi, já era. Me vieram as lembranças, as melhores claro. Um banho, e mais um sonho por realizar. Do seu lado. Andar não me dói mais os pés. Consigo ver muito mais cores quando está do meu lado. E toda essa força que me passa com o olhar, em qualquer situação. Foi sim, o melhor dia, a melhor comemoração. Sabíamos que seria. Mesmo com a longa caminhada. Mesmo com mochilas pesadas. Mesmo com tudo. Que tudo? Toda aquela saudade de algo nosso, nosso de verdade? Aquilo era tudo. Subimos, e mais e mais um pouco. Quando eu acreditava que havíamos chegado, bem hav
É bem nesse cotidiano que amo ver minha vida. Nossa vida. Essas vidas por aí. Espinhas, cabelos, calor, supermercado... há coisa melhor do que viver junto em tudo? Me sinto uma parte do seu lado. Juntas, singularmente. Se algo se partir, a regeneração nunca mais será a mesma. Chega de si. Vivamos agora, o tempo não pára, já dizia quem aproveitou até a última gota de vida.

Platônico. Mais uma vez.

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Seus olhos e seus olhares, milhares de tentações... Qualquer gesto, qualquer coisa deixa tudo tão singular que me entope de admiração. Boba eu? Infantil talvez. Mas eu amo. Amo sim e não nego. Apenas nos momentos mais covardes, os mesmos que me fazem as vezes, não conseguir convencê-la do que é ou do que pode ser. Cabelo alto, ao vento. Um sorriso que toma conta das ruas, e os olhinhos de cristal. Seria bom, se mais alguém conseguisse enxergar tudo que eu enxergo. Talvez, então minha visão, seja considerada 'dentro do normal', já que não podem acreditar numa garota apaixonada. Que seja! Não queria, pensando bem, ter que dividir com mais ninguém essa admiração... egoísmo meu eu sei... Mas é que tudo seu é tão perfeito pro que eu vejo... e quero tanto tudo isso o tempo todo até me cansar! Se é que vou chegar a me cansar. Fala, mexe a mão, olha pros lados. Tudo isso é um pouco de perfeição pra mim. E não, não é só paixão rs.

Queria uma cena assim.

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C hego em casa, cansada, um dia qualquer. Todos ao fundo, como sempre falando, falando, minha família é assim. Um garoto joga a bola na parede, outros dois se unem para punir o pequeno. Gritos, eufóricos, discussões, minha vida é assim. Minha mãe tenta me contar sobre uma roupa nova, uma garota como eu, e meu pai, fala sobre todos os cursos que pretendem fazer na faculdade, até do pequeno que ainda nem sabe quem ele é. Vejo tudo, aquela confusão, aquela euforia, somos assim. Vou em sua direção, olhando fixamente e pensando em apagar todas as suas palavras tão acadêmicas e tão formais, essas que me deixam pesada demais pra aguentar ouvi-lo. Me vem um telefone, voando, pelo alto, minha mãe chora, e eu, com meus oito anos, grito, pedindo pra que parassem. Sorrio tentando acalmá-lo, o que quero é simples e bem, não dói nada. Um sorriso de boa noite, um passo a frente e fico cada vez mais perto. Eu, de calcinha, há minutos atrás brincava no quintal. Me puxou pelo braço, ameaçou me levar. Ma
Me empolguei instantaneamente, depois de ver que meus tênis já estavam alagados e minhas meias também. Vi você pedindo pra beber toda aquela água, podia te ver correndo por todo espaço que havia ali, mesmo que estivesse apenas caminhando na minha frente. Eu, sorria freneticamente, sem você perceber, com idéias brilhantes, pra mim. Pouco tempo, minha vontade era de engolir e congelar tudo aquilo. Dentro de mim, como uma fotografia, um vídeo ou algo equivalente. Não, não há nada equivalente. Nem marca, nem nada. Eu sei e senti que o que queria era que eu jogasse o guarda chuva pelo ar e corresse pra você, num ato sem pensar. Era isso, apenas isso e eu, mais uma vez tornei tudo tão complexo, tudo tão grande demais... e era grande! Mas era fácil, era você... e eu, mais uma vez... pensei. Lembro que há tempos, prometi não prometer. Hoje prometo conseguir ser cada vez eu mesma, mesmo que prometa, e diga que não vou pensar demais. I nteiramente sua, assim será.
Será que quanto mais velha ficamos, mais ignorantes ficamos também? Não deveria ser o contrário?
E um suspiro de alívio eu solto toda vez que consigo dizer tudo. E quando consigo então, lhe fazer falar, e olhar pra mim... me sinto alguém com um pouco mais de utilidade nesse espaço. Eu amo transformar uma discussão num monte de gargalhadas que não tinha há tempos, e de poder contemplar sua mão por minutos como uma criança que nunca as viu. Mas guarde tudo o que foi dito, guarde. Também odeio um bocado de coisas e a vida, bem, não está tão perfeita assim. Talvez nunca esteja. Mas dizer que é melhor deixar tudo como está, pelo fato de não melhorar nada... pode piorar. Ah, como eu adoro dar sermão! Preciso de um também, se puder...
Descendo a rua, a noite com um ar quente, me escorria o suor pela pele, um cansaço me deixava ora dormente, ora totalmente dolorida. O que faltava? Jogar minha alma pela calçada, me escorrer pela rua sem calçamento, um monte de palavras me perseguiam, eu ia embora e voltava. Me faz falta, você. E a última coisa que eu tinha dito era: não escrevo mais pensando em você.
Um ritmo frenético, rua, casa, casa, rua, me faz não ficar parada. Na minha mente, só vem a semana que vem. Bendita e livre semana, quando vou sair, sorrir do lado dela, e rir das coisas mais idiotas do mundo. Não entendo o que escreve mais. Não, porque antes pensava em mim. Mas como disse, me acho importante demais. Aprendo por esses dias, a não ver nada recíproco, nada do que sinto e sai de mim. Mas de verdade, queria entender seus versos. Outra vez, me sinto idiota. Ah! Se minhas palavras não fossem em vão, talvez não estaria bem por hoje. Bem, no sentido de me despedir calma e serena e cansada demais. Voltando: bendita e livre semana que vou sair com eles e cantar mesmo parecendo a mais idiota do mundo.

Platônico.

Olha ela ali. Morena, aquele cabelo cacheado... consigo sentir uma vibração ao ver ela passar. Um ritmo. Uma música. Consigo me ver vibrar ao ver a quantidade de pessoas que vão pará-la até chegar ao seu destino, conversando, abraçando... consigo me sentir mal, ao ver os abraços, os beijos, os olhares de desejo. Olha bem, olha! Agora ela vai, dizendo e encantando por ter tal simpatia, por ter nos olhos um brilho de cristal. Alguns a olham de lado, idiotas e estúpidos. No fundo, o que todos queriam era simplesmente tê-la. Talvez nem ela saiba o que tem, ou o que é. Mas ela, é a morena que me deixa sem ar, me faz vibrar por esses dias de vento, quando a vejo passar. É a morena que tem história, que tem um mundo aberto pro mundo e outro fechado pra si. E nesse vento que a vejo passar, me sinto solta, mas presa a ela. E toda a hora que puder vê-la passar, aqui estarei. Não é delírio, mas o seu cheiro fica, e atrás dos seus pés, seguem os versos de um poema sutil, simples, quase invisível..
Meu pai saiu atrás de mim, de carro, depois me ligar por duas vezes e eu dar 'end'. Quando atendi, na terceira vez que ele ligou, me pediu: Por favor, me diga onde está indo! Não minta mais pra mim! Me senti culpada, como há tempos não me sentia. Me lembrei que sempre disse que odeio dar trabalho aos outros, principalmente aos meus pais. Pode não parecer, mas os amo e os prezo. Já fiz enormes contas de telefone. Já os iludi dizendo que iria gostar de um curso na faculdade. Já os fiz quase desistir de mim, quando voltei pra não encarar o maldito curso. Já os fiz ficar por noites acordados, por medo, por raiva, por ansiendade, por angústia. E logo eu, que odeio dar trabalho. Tenho hoje, certeza do que sou e o que quero. Só ainda, não sei como fazer as coisas. Odeio cerveja, e minha mãe fica feliz por saber do meu nojo pela dita cuja. Para compensar, tenho agora um apreço por vodka e montilla... que podem virar meus próximos refúgios. Sou de fogo. Tenho medo mas sobra coragem. Ten
Tudo de novo, renovado, renovando. Dessa vez, senti que é pra valer. Um recomeço, que pedi pra acontecer, falando baixinho por todas as noites a alguém que me escuta. Foi a melhor opção. A melhor escolha. Me enchi de sonho, de mais e mais esperança, de muita vontade de simplesmente aproveitar o que tenho. Amanhã? Bem, não sei ao certo. E pra que saber? Se a vida, é muito mais do que nascer com muita saúde, crescer com pensamentos espertos e ambiciosos, estudar e trabalhar com sede de encher um cofre, ter a família tão sonhada e perfeita, se a qualquer segundo, se pode perder tudo ou simplesmente perder a vida? Felicidade é mais do que isso. Felicidade, para cada um tem um sentido. Pra mim, não se resume em uma só coisa, mas o que não pode faltar para compor é o amor. Queria eu, conseguir fazer o resto do mundo acreditar que ele existe. Que não é mito, ou algo que não existe mais. A vida precisa de força e de amor. Pelo que for, ou quem for. Mas que seja sincero. Que seja a vida por amo