12 horas. Parte 1.
Começou um pouco antes, lá pelas cinco e meia da manhã quando me levantei.
Nove meses, quando fossem umas nove da noite. Nunca mais me esqueço. Me vieram na cabeça, por partes cada instante de um beijo que me deu amor e medo. Mas que logo, dispensou o medo, o amor teve mais espaço. E o que mudou? Tudo! E depois que chegou, como foi que fiquei? Todas as horas, de desconfiança conversando numa calçada, todo aquele pavor de gostar demais. Xi, já era. Me vieram as lembranças, as melhores claro.
Um banho, e mais um sonho por realizar. Do seu lado.
Andar não me dói mais os pés. Consigo ver muito mais cores quando está do meu lado. E toda essa força que me passa com o olhar, em qualquer situação. Foi sim, o melhor dia, a melhor comemoração. Sabíamos que seria. Mesmo com a longa caminhada. Mesmo com mochilas pesadas. Mesmo com tudo. Que tudo? Toda aquela saudade de algo nosso, nosso de verdade? Aquilo era tudo.
Subimos, e mais e mais um pouco. Quando eu acreditava que havíamos chegado, bem havia mais uma rampinha ou montezinho. E daí? Sorria, até o maxilar doer, eu não conseguia parar. O sol e toda a energia às sete da manhã enquanto a cidade acordava aos poucos. Um calor que já dava um ótimo sinal de que a pele iria ser marcada. Ao redor, os tons de verde que eu só enxergo do seu lado, parecia um veludo abaixo do céu.
Lembra de como tudo nosso é intenso? O início fervoroso, as brigas com lágrimas doentias, as reconciliações como cenas nunca vistas em tela nenhuma, as declarações que não se cansam, um possível fim de tudo... Tudo, porque se entregar é a melhor coisa do mundo. Só por isso, consegue colorir simplesmente tudo ao redor. Minha caixa de giz de cera.
(Continuo)
Comentários
Obrigada por linkar o 'Tradizindo Sentimentos' na sua lista de blogs :)
Beeijos!