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Mostrando postagens de dezembro, 2009
Ás vezes me pergunto se o sorriso do meu pai em minha direção expressa orgulho ou conformismo. Depois de dizer pelos cantos com minha mãe, que era contra à minha exposição com uma namorada para a família que mora longe, deixaram nas minhas mãos, a tarefa de encarar uma tia que comanda a festa de fim de ano, e pedir à ela que me deixasse levar 'uma amiga'. Por que eu teria que ter medo? Peguei o telefone, liguei, conversei. Trato feito. Segunda, bem cedo eu vou. Achei que iriam me olhar com um rosto triste, ou bravo. Mas meus pais sorriem. É, essa sou eu, será que agora conseguem ver minha felicidade? A mala está pronta, faltam algumas coisas. Sei que não vou dormir nada esta noite. Nada. Não sei se como, me deito, ou lavo alguma peça de roupa que pode me faltar lá. É só um sítio, eu sei. Mas ela vai junto. É, ela vai! Quem mandou eu sonhar demais...
A torneira gotejava sem parar, contando os segundos. Comi com fome, ansiedade, tudo aquilo que fiz, de aparência não muito boa. Olhei pra cima, algumas roupas penduradas, já secas, talvez fosse hora de apanhá-las. Atrás das roupas, a visão era melhor: algumas plantas, aquela grama baixa, uma piscina suja e meu cachorro com cara de cansado. Cansada estava eu. De brigas, de gritos. De mim, que já não parecia eu mesma. Há pouco atrás, havia conseguido ter as mesmas sensações do tempo em que sabia de tudo sobre mim. Mim, eu, sei lá. Fiquei pensando o que este natal preparou pra mim, e me senti cansada de sonhar. Alto demais, não posso. Me enfraqueço, tentando convencer outras pessoas de que é possível, e quando mais preciso, me encontro no quintal, contando os segundos junto com uma torneira perseverante. Acho que, essa data pra mim já não faz sentido nenhum, vejo pela cara do meu pai quando as contas chegam e ele não parece nada receptivo. Tudo é simbólico demais. E hoje à noite, sorrisos
Minha cabeça dói um pouco, o corpo está cansado, e nem sei bem o porque, mas escrevo. Talvez porque hoje é vinte e três, quase véspera de natal. Importa pouco eu sei. Pra mim, importa pouco. Só que parece que foi ontem que entrei naquele carro, com todas as lágrimas querendo fugir pelo rosto, nem acredito que fui tão corajosa. E penso, que devo ter deixado essa coragem por lá, quando fui, por entre as árvores, ou as pracinhas daquela cidade. Espero que toda minha coragem, ainda esteja lá, porque terei que ir buscá-la. Forte ou não, irei. Mania de sofrer por antecipação, a única coisa que faço, é pensar no lado bom da tal situação. Não brigarei com minha mãe, porque ela não vai estar lá. Não terei que fazer as coisas do jeito dos outros, porque não terão outros lá. Estarei só. E quero poder ficar só, só de verdade. Acho que só assim, pra buscar minha identidade, que, embora eu já tenha comigo, talvez possa eu, entregá-la aos meus pais, se ainda não acreditam que não fui corrompida por

Coisas da madrugada, lembranças a posto.

Chegou tomando espaço, criou um laço e amarrou bem forte. Me mostrou caminhos, carinhos e desejou sorte. Foi preenchendo mais, foi até capaz e me desafiou. De longe, me mostrou o amor, mesmo com dores. Me ensinou o nome de flores, me mostrei menina, ela me viu mulher. Me entreguei a sonhos, fechei meus olhos, aprendi a beijar. Chorei de medo, mas me encantei. Minha professora, sem fetiche algum no ar. Minha mulher, tens o que quer, se em mim encontrar. Sou tua aqui ou em qualquer lugar, Minha pele ou da cabeça aos pés, o meu cheiro já persegue o seu. Não tem jeito, nosso encaixe é perfeito, afogado no silêncio ou no carnaval que só em meu peito, procura se acalmar. Me vejo menina a te contemplar, ela num ritmo que me pulsa sem controle. Mulher ou menina, indiferente. Sexo nem tão frágil, mas ágil e quente. Se não es mulher, não entende. Mas voltando à ela, a história que comecei a contar... Nem nunca haverá um fim, se depender de mim. Da menina mulher que me mostrou o amor... E que hoj

É, nossa vida começa agora, eu acho.

Acordei com todos aqueles sonhos, das noites anteriores, embaralhando minha visão. Sorri quando lembrei que aquele ainda era o quarto da casa dos meus pais. Mas era um dia a menos aqui. Otimista isso? Não sei bem. Pessimista seria, se eu dissesse que hoje era um dia a mais aqui? Ainda é dezembro, tentei me acalmar e deixar essas coisas para depois. É melhor eu me iludir que se vive um dia de cada vez, que nunca se sabe o que pode acontecer e que a gente tem cinquenta por cento de chance de conseguirmos o que queremos. Pela manhã tive a notícia, que embora eu já tinha dentro de mim, por ter uma pequena dose de realismo, coisa que colocaram forçadamente na minha cabeça. É, não deu Sofia. Encarei com força. Escutei alguns resmungos, pequenas comemorações ao som da voz da minha mãe, alguns conselhos fora de hora, andei depressa, fui pro quarto. Talvez seja melhor assim. Talvez, ser só, ficar longe de amigos, da família, seja um avanço. Com doses de saudade e sofrimento claro, mas preciso s
Me deu um medo de mim. Acordei num impulso, como nos dias em que usava armaduras pelo corpo e não acreditava no amor. Como se não tivesse amado por tanto tempo. Levei o dia com um pedaço de raiva pendurado no pescoço, seu eu mesma ver. Era melhor gritar por hoje mesmo. Fiz tudo nos conformes de um dia normal, escutando os gritos da minha mãe. Ela está sempre insatisfeita, a pobre. Com tudo e com todos. Mas eu via em seus olhos que aqueles gritos podiam ser substituídos por pequenas frases, de mesma relevância ou talvez mais cruéis. Era isso que ela queria. Escutei tudo, mais um dia, com ânsia de poder vomitar pela casa coisas que guardo há tempos. Melhor não, melhor não . Um sorriso no meu rosto é uma ameaça a felicidade do resto. Reclamações, resmungos e afins. Foi quando escutei que eu, sou uma vergonha. Vergonha para a sociedade. Uma ameaça. Várias e várias vezes... e eu ri. Ri alto, como se eu fosse mesmo uma vilã. Era melhor tratar tudo assim. Vergonha, não seria talvez, ter que s
'Qual preço dessa flor? Que vem, de lote enumerado, fabricação no estado do Rio. E tem, alfinete tão fechado, tão desacostumado com o frio. Mas, eu escondo o desejo, escolho no bairro, um lugar pra esconder.' Mallu

Eu, (agora), pra vocês.

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Um calo no dedo, algo pra fora, não sei bem. Algo que não tinha necessidade de ser ou existir. Um peso, pequeno, mas muito incômodo. Uma fraqueza. Um empecilho. Uma pedra mesmo, um obstáculo. Um problema, um dilema. Uma exceção. Uma coisa à parte. Algo não selecionado. Não procurado, nem mesmo visto. O que surgiu, sem precisão, indesejável. Desagradável. Deixado, excluído. Morto ou não, a mesma coisa. Um drama, talvez comédia. Prazer, meu nome é Sofia.

Rotineiro.

Eu não terminei os posts '12 horas, parte tal'. E acho que é melhor não terminar mesmo. Deixar assim, no ar, como se nem eu, e nem ela tivéssemos ido embora daquele lugar ainda. E sem querer às vezes, querendo na maioria das vezes, você me tem, assim, no olhar. Me prende com os olhos, e me guia, por onde quer que vá. Me deixa ali, sentada e se vai. Tenha certeza, vou com você. E onde quer que vá. Me tem na mão, nos olhos, no coração. Não há como mentir. Se for pra esconder, vai ser dentro de você. Se um dia eu fugir, sei que só vou me encontrar quando você voltar a me ter aí dentro. Se algum dia, ou noite eu me perder, só você vai poder me encontrar, tenha plena certeza. Você conhece meus refúgios, minhas saídas, sabe que não tenho vícios a não ser falar sobre você, pra mim mesma. Sabe dos meus erros como ninguém, sabe onde erro todo santo dia. Sabe até das soluções. Sabe das minhas mentiras também, as que insisto em te contar, só pra você rir de mim e dizer que sabe a verdade.
Ei mãe. Eu sei que não é dia das mães, nem nada do tipo. Seu aniversário já passou também. Mas eu queria te falar algumas coisas. Queria que você lesse as coisas que escrevo agora. Talvez assim, eu conseguisse te mostrar como me sinto agora. Impotente. Fraca. Escutando seus gritos lá fora do quarto, como um deja vu incansável, que nunca, nunca desaparece. Eu queria muito não ser sua. É. Ser sua me dá um peso no coração mãe. Ser sua, me faz pagar um preço, por ver seu rosto, sentada no sofá, marcado pelos anos de arrependimento. Eu sei que se arrepende. Talvez, se arrependa até de ter sonhado comigo um dia. Sonhado com uma menina linda, delicada, com uma boneca. Ei mãe, eu não sou uma boneca. Não é possível me controlar assim mãe. Eu queria não ser covarde, e queria conseguir te dar um abraço em silêncio, quando dá seus gritos, quando me pede pra desaparecer mais uma vez. Queria te dar sim um motivo pra você sorrir. Mas não sei mais o que pode te fazer sorrir. Na verdade, nunca soube. T
A pele, da cor daquele lírio, mel. Os olhos que brilham demais, por todo o tempo, lembrando que a intensidade aumenta com a alegria, e com lágrimas. Parecem dois cristaizinhos, que se movem ali. Um sorriso que hipnotiza, exala serotonina, noradrenalina, e me deixa sem ar. Um ritmo quando passa, uma música quando anda. Um desenho perfeito, cada vez mais perto. Sabe o que tem que pode me deixar assim, sem conseguir falar nada. Me deixa sem nexo, sem argumento. As mãos, que eu não me canso de olhar em cada detalhe. Tudo em você me fascina. Agora, sempre e mais!

Que lembre disso, daqui a uns anos.

Um sorriso gargalhante, ao som de Elis, numa festa, de poucos amigos. Algumas bebidas, muitas lembranças, tantas histórias contadas e recontadas. Algumas rugas pelo rosto, mas nada que tire sua beleza. A pele morena e lisa, sempre. Sentada, pernas cruzadas, um vestido longo e colorido. O cabelo ao vento, amigos em volta. Ela escuta mais um pedaço de um daqueles casos, e ri olhando pro céu, virando a cabeça, uma mão no joelho, a outra no copo. Observo de longe, não muito. Vejo um filme, pelo tempo que passou até ali. Sorrio, lembrando de cada cena engraçada, cada lágrima, cada obstáculo. É tão pouco, somente lembrar da nossa história. Seria necessário fazer cada um viver um pouquinho cada fase que tivemos, só pra fazer mais alguém sentir algo. Não sei como eu estava. Nem o cabelo, nada. Só me lembro que nesse momento, você me olhou de longe e com um olhar que conheço bem, me chamou pra ficar junto, ali, na roda de violão. Sorrindo junto, era só mais uma jura-de-amor-sem-palavra, como no
D eitei bem cedo, tenho certeza que queriam que eu ficasse pensando em todos os males que causei durante todo esse tempo. Isso irá acontecer com frequência. Reflexões forçadas, para uma garota infantil, imprudente e sem amor próprio. Uma garota que só se diz amar, que não tem propósitos na vida, que é fraca demais. Não se pode sorrir agora. Não se pode comunicar com nenhum alguém que possa me dar razão. Não se pode ler nada que eu goste. Não se pode sair, sorrir, cantar. É hora de dizer o que fiz de errado, baixar a cabeça, ou chorar. É hora de pedir perdão à Deus, por não seguir seus mandamentos. É hora de me lamentar, dizer que fui tola, imprudente, dizer que faço o que quiserem, mas que me perdoem, por favor! Mas por incrível que pareça, não tenho mais tanta vontade de chorar. Não sei pra quem pedir perdão, não vou refletir tanto assim. Não preciso muito de pessoas a meu favor a não ser eu mesma. Talvez seja fraca sim, por não gritar. Não sou forte como o resto do mundo, de coração

Sem querer dizer adeus.

Na porta da rua. Na porta da vida, onde o outro lado é a morte. Há alguém atrás, querendo me empurrar. Na porta da alma, e eu tão calma a fim de chorar. Me falta esse ar, me empurra o oxigênio contra o travesseiro. Saliva não basta, a calma se afasta, me vem o desespero. Me entrego desatenta, flácida, lenta, aos gritos e prantos. Me afogo em agonia, antes mesmo de ir, eu sofro, me mato, eu morro só de sentir. Eu peço um remédio, eu juro e me entrego mais uma vez. Me deixem, me esqueçam, na porta da rua eu prefiro ficar. Que gritem, que batam, que o mundo desate a andar. Vou com ele, meus sonhos, uma mala bem grande e uma estrela na mão. Esta para os pedidos, na mala os sonhos escondidos e o resto do espaço para o coração.

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H avia um menino por aqui. Um garoto loiro, que corria pela casa feito maluco, diziam que ele nunca parava. Só quando dormia, pela noite e olhe lá. Era um menino engraçado pela forma de conversar. No início, quando era bem pequeno, subia pelos armários da casa a fim de descobrir um mundo por detrás deles. Ou por dentro mesmo, quando entrava e se escondia entre as roupas, o que fazia mamãe gritar muito. Me lembro de quando o citavam como 'terrível', 'impossível' e um tempo depois, hiperativo. Diziam que não ia parar nunca, se não dessem um jeito. Já havia quebrado a perna, tão bebê. Já havia perdido unhas, dentes, ganhou galos e ematomas pelo corpo. O menino parecia querer alcançar o céu as vezes. Foi ele, o primeiro da casa a gritar com mais força contra os pais, quando se achava no direito. Foi ele, o primeiro a fazer rir com histórias que inventava, incríveis e mágicas. O garoto foi crescendo, aos poucos, com a cabeça cheia de sonhos e idéias revolucionárias. Era o pe

Bem do jeito que você é (!)

É como se tudo dentro de mim se harmonizasse em poucas horas. Como se dentro de casa, tudo ficasse um pouco mais iluminado, e mesmo com essa chuva que não para, a tristeza não se deixa invadir. Não sentiria um otimismo assim, sem um motivo bem calculado. Por minha consciência que, antes, procurava fazer tudo nos mínimos detalhes para que eu não mais me machucasse. Assim, não quero viver mais. Porque alguém como eu, não pode fazer nada pensando demais. Nem calculando demais. Sou impulsiva, assim faço as coisas valerem a pena. Eu quero tudo de verdade, sem jogos, sem brincadeiras. Por mais que eu tenha tentado mudar, eu não consigo ser superficial, quando posso viver tudo nos mínimos detalhes. E cada detalhe pra mim, se transforma numa cena em câmera lenta, num texto talvez enorme, e concerteza, numa lembrança com, ou sem cheiro. E é assim, porque é com você .

'Reacende o que for pra ficar.'

E se o mundo que eu vivesse não tivesse você, não seria meu mundo. Não conseguiria compreender a metade das coisas que compreendo. Os outros, são os outros. Me lembro daquele dia, daquela noite, você gritava e chorava, eu tentando acalmar algum lado. Chorei do seu lado, por não saber o que fazer. Te abraçei, e pedi baixinho que tudo aquilo passasse para dentro de mim. Dividimos então. Um senhor que assistia à cena, chegou mais perto e disse meias palavras que hoje fazem total sentido. 'Vejo o quanto sofre, menina. Viva sua vida, e não deixe que ninguém intrometa nela. Não, ninguém. Nem amigos, nem família... a vida é sua, entende?' Sorriu, e nos deixou ali, pensando. E os olhinhos de cristal começaram a secar, aos poucos. Eu sorri, finalmente, foi um alívio. 'Ei, entra no meu mundo? Não sai dele não?' Sei que entrou, e mesmo quando voce disse ter saído, ainda estava aqui. Eu nem pensei muito em tirar, em mudar demais. Só enquanto eu respirar. Acho que vai ser assim. Mes

La lluvia se fue. ♥

Rufam os tambores, o carnaval continua! E seja o que Deus quiser, que assim seja enquanto puder ser forte, intenso, mágico! Me entorpeci, me enlouqueci. Olhou pra mim rindo. Dissemos ao mesmo tempo: 'Ah! Parece um sonho!'. E é. Enquanto você volta a dormir, meu sono se vai... fico por horas com medo de dormir e de ser realmente só um sonho. Foi assim por dias... Então, me perdoe, se minha felicidade ainda não transparece no rosto. Não sei por onde começo, se escrevo, se sorrio, se faço tudo discretamente... 'Devagar e sempre'. Minha meta a seguir. E talvez seja melhor eu não me empolgar tanto. Não consigo escrever bem hoje, parece idiota, mas é verdade. (Hiperativa) Vou copiar do que escreveu por aí, você sempre completa tudo. 'Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em t
Eu parecia um carnaval. Desci a passos muito lentos, queria ver cada milímetro que caminhava. Não podia acreditar. Não, não era possível. Meu consciente me pediu pra disfarçar, cada palavra. Tratei de fugir um pouco das explicações. 'Por que está aqui afinal?' Não importa! Nem um pouco. Era tão bom, e eu não podia acreditar que iria sentir tudo outra vez. Fiquei olhando do portão de casa, entrei e mal consegui pronunciar muitas palavras. Não havia muito a fazer, eu não iria conseguir muito tentando falar por um computador. Sorteei a vez a algum desavisado. Resolvi me deitar. Acho que minha mãe percebeu que havia algo estranho. Mas não disse nada. Me viu sorrindo, comendo, e somente sorriu também. Me deitei, sem saber se usaria o tempo sem sono pra ficar lembrando e pensando, ou se usaria o tempo sem sono pra esperar o sono chegar mais rápido. Aconteceu um pouco dos dois. Inevitável não querer mais um daquele abraço, daquele beijo discreto no ombro. Inevitável não pensar e me pe
E quando fica um vazio dentro dela, ela sai aos quatro ventos, correndo atrás de alguém que se diz refúgio. O vazio, uma carência. A falta que outro alguém faz. Mesmo saindo aos quatro ventos, saltitante, no peito bate lento. Nunca vai ser do mesmo jeito. Como quer que seja, como se fosse antes. Não, nunca. Só eu posso te levar até onde deseja. Me desculpe. Nunca irá conseguir sentir como se estivesse sem ar. Não mais.

Não deveria ter visto aquele filme.

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Ainda é dia dois. Eu fico esperando os dias passarem pra escrever por aqui. Vontade que me engole as vezes, me deixa insana e eu penso demais, coisa que alguém como eu não pode fazer muito. Não consegue, melhor dizendo. Hoje, mais uma vez, me veio tudo, toda aquela sensação. Como se fosse ontem o dia em que tudo se foi. Se perdeu, como escutei. Mania minha de achar que meu telefone está fazendo algum barulho. Mania de achar que vai aparecer quando meu estômago ficar ruim demais e vai dizer pra eu ser forte. Mania de pensar em coisas e me iludir. Mania de sorrir lá fora, sozinha lembrando de coisas. Mesmo que tenha sido rejeitada, deixada de lado. Mania de achar que vai chegar com cinco lírios amarrados em uma fita talvez amarela, que vai chorar e dizer coisas que só fazem sentido pra mim. Eu recaí. Eu sempre soube que recaíria. Cheguei a avisar. E sei que vai acontecer mais vezes. Mas é que nas últimas noites, tenho tido sonhos... como nunca aconteceu antes. Sonhos normais, cotidianos,
You've got your dumb friends I know what they say They tell you I'm difficult But so are they But they don't know me Do they even know you? All the things you hide from me All the shit that you do It's nice to know that you were there Thanks for acting like you care And making me feel like I was the only one It's nice to know we had it all Thanks for watching as I fall And letting me know we were done ... !
E xcesso de informação me deixa extremamente hiperativa. Roí minha unha maior, a do dedinho, estava linda. Acabo de encontrar um blog ótimo e não sei o que leio primeiro. Engraçado isso. Por tanto tempo procurei um blog desse tipo. Que fala de mim, mesmo que indiretamente. Só que agora, não sei o que leio primeiro, e lembrando que não tenho muita paciência pra ler e quando escrevo tem que ser na hora se não eu piro, minha cabeça parece querer explodir! Pronto, roí minhas unhas. Da última vez que prometi não roer, foi uma promessa pra que meu namoro não acabasse. Eu era capaz de coisas assim. Talvez um dia eu volte a ser capaz de coisas assim. Mas não deu. Meu namoro acabou. Então, não importa muito se minha unha está ou não grande. Voltando a dar mais uma olhada no blog. Muito bom realmente. Dá uma vontadezinha de conhecer todas as colunistas, de ler todas as colunas, de ver todas as notícias. Volto a me encantar com tanta coisa... eu disse que não queria mais viver nada profundo. Mas
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É um fim de tarde estranho, de repente, minhas unhas ficaram roxas e me deu um arrepio. A cozinha abarrotada de afazeres, parecia pós festa. Estudei, e voltei a desenhar como era na escola. Uma página inteira de cenas e lembranças, coisas lindas que jamais me esqueço. Há coisas que nem eu mesma sei o que significa. Eu disse que novembro me dava nostalgia. Mas novembro passou e eu nem vi. Acho que foi porque fez tanto calor... e as chuvas chegaram agora. Então, só agora minhas unhas ficaram roxas e me vieram uns arrepios. Deve ser por isso. Ah, e foi hoje que baixei mais um cd dos Los Hermanos. Nostalgia total. É quase um balanço do que me aconteceu durante o ano. A cozinha sempre ficou abarrotada. Eu continuo estudando. Minha família hoje é mais unida, mais feliz. Minhas escolhas foram feitas. Aprendi, cresci. Chorei mais e vivi intensamente cada segundo. Mas acredito que no fim de todos os novembros, terei a mesma sensação. É por aí que me encontro. Que me vejo. Sem me olhar no espelh