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Mostrando postagens de janeiro, 2014
De tempos em tempos, a vida me traz umas mulheres de força bruta pra minha vida. Vou conhecendo uma a uma e carregando esse carinho e cada história a cada canto que passo. A que vou me casar me ajuda a ser alguém melhor e mais forte, com um coração escondido embaixo de tatuagens que é mais doce que o meu. As outras se tornam a cada dia um exemplo de coragem. Eu só quero dar um salve a todas, do Egito ao Japão, das amigas de Minas e pelo Brasil a fora. Me dão mais esperança todos os dias.
O tempo cura um bocado. Na marra, mas cura. Dai a solidão das férias se transformou nesse emaranhado de afazeres, nessas listas que me acompanham todos os dias e que só vejo vantagem quando não sinto o tempo passar. Passei algumas noites chorando e me perguntando inconscientemente quando seria a chegada de um afeto menos material e mais... mais afeto daquela casa cheia de gente de onde saí. Não poderia reclamar, mas, foi como entender que o tempo foi perdido. Entre o sentir falta de algo que pouco se teve aqui se concluiu, e a saudade quando é assim, ela faz doer de forma brusca. E o tempo, como eu disse, cura. Você pode até olhar a cicatriz mas não vai sentir mais nada. Cresci. E agora tudo parece muito mais perigoso, medonho, um risco, um pacto eterno, uma dor enorme, não atravesso a rua, não pulo o muro, não deito no chão. Acho que já estou procurando emprego. 
Em um dia comum, com vários jovens com caras amarradas em minha direção, um senhor que trabalha no caixa da Target conversava alto e não parecia se cansar em dizer "Oi! Como está?" e se despedir calorosamente desejando feliz ano novo, sendo dia 5 de janeiro. Alguém ainda deseja feliz ano novo? Pois é, fiquei na fila feliz esperando minha vez, contente por ter escolhido aquele caixa. Depois de ser recebida de forma carinhosa, com vários sorrisos ele adivinhou: "Está voltando para os dormitórios né? Eu advinhei!" e me desejou um incrível semestre e ano. Bom, apesar de tanta oposição aparente, eu tô confiando nesse cara. Mais do que eu posso imaginar.
Parece o mesmo ciclo. Eu devia saber de onde vem tudo isso, essa mania de depender de relacionamentos. Ou melhor, das namoradas. Parece tudo bem até que eu as sufoco. É o que elas dizem. Mas é que ultimamente não tenho tido muita coisa a fazer. Férias, essa coisa toda de ficar trancada em casa por causa do frio horrendo lá fora, cansada dos mesmos filmes dramáticos ou de acreditar que preciso estudar mais e mais e me enfiar em sites. Ás vezes a gente só precisa de um abraço, uma volta no quarteirão e alguma coisa pra beber, ou comer. Mesmo que se possa ter em casa, mas ir pra qualquer bar, sentar e beber a velha envenenada coca e ir embora. Coisas até idiotas, eu sei. Mas nem essas minúsculas coisas eu venho tendo. Aliás, até que sim. Mas não com esse prazer, um momento legal. E claro, nada de abraços.  Não quer dizer que eu não esteja tentando. Eu devia saber procurar melhor meus defeitos e realmente cuidar deles. Uma namorada parece perfeita pra mim até que... preciso ficar longe
Natal e ano novo inesperados. Eu, sempre com minha mania de pessimismo acabo ganhando com isso. Me surpreendo nas coisas mais simples, sem querer esperar nada extraordinário, e volto pra casa com sentimentos bons. Percebi que estamos todos aqui, num mesmo patamar. Vez ou outra, nos juntamos num quarto ou apartamento pra conversar, e em algum momento a sala parece um consultório. Cada um sabe quando foi que deixou de sair do quarto pra passar o dia chorando. Mas passa, a gente sempre conclui.  No natal, depois de muitas conversas e ligações, o quarto do hotel teve um minuto de silêncio, nada combinado, mas deu pra todo mundo respirar fundo e aguentar firme. Sempre me lembro que vou comer algo diferente e bom pra me sentir melhor. E assim foi. A gente sempre dá um jeito de descontar no conforto e comodidade, mas tenho certeza de que ainda vou me sentir incrivelmente bem apenas por estar aqui, apenas por viver.  O ano novo, me deu a chance de conhecer a cidade a noite, com todas aqu