A esperança equilibrista
Sozinha, sempre fui e sempre me acostumei a ser. Nunca buscava refúgios a não ser um pouco mais de mim num papel, nos cadernos em branco que encontrava pela casa ou em músicas que se parecem comigo. Sou forte, a ponto de me machucar várias vezes só pra ter certeza da dor. Sou fraca, a ponto de chorar sozinha, por sentir muito intensamente, cada palavra que se é direcionada a mim. Não levar tão a sério pra mim é difícil. Mas sei, que cada lágrima que cai, me entope de força. Não instantaneamente. Não aquela força que me faz levantar de pronto da cama, me dizendo que não é sono, e sim tristeza. Mas uma força que sei que existe, e que vem um tempo depois das lágrimas. Eu poderia ser mais viva, eu sei. Mas essa força, infelizmente me deixa mais fria e sonolenta. Como um remédio que me faz dormir pra eu me esquecer. Claro que me recordo! De tudo! Mas vejo com outros olhos, se for possível. No fundo, sou só. Esse pó nem tanto incorporado. Que nem todos lembram. Que poucos conhecem. Que algun