Amava quando sabia o que dizer. Quando o que dizia, era forte o suficiente pra te fazer sorrir. Quando o que fazia, te fazia imóvel e surpresa por instantes. Quando o que mostrava, te fazia chorar. Quando o que sentíamos, nos fazia ter esperança para melhorar tudo. Amava-me assim. Amo ainda, quando me toca as mãos, depois de ver a bagunça que fizemos por tanta bobagem falada. Amo, quando cócegas ou piadas nos fazia esquecer do mundo lá fora do quarto, e tudo que tínhamos (e temos) nas costas, quando pesava demais. Não posso mais te fazer cócegas, te contar piadas. É errado meu amor. O que sei e faço, é dizer que mesmo sem piadas, sem cócegas, e sem esquecer do 'monstro mundo' que nos persegue com suas realidades, somos sim fortes. A diferença é que a gente cresceu um monte. E crescer dói. Mas crescemos, porque somos fortes. Pra chorar, sorrir, convencer de que vale a pena, nos convencer de que tudo vale a pena, pra gritar de desespero, pra pedir ajuda, pra ter medo (e dizer que se tem medo), pra encarar a vida e o 'mundo monstro'. Pra se ver sozinha (como me vi muitas vezes) e saber que se é capaz. Pra se ver que na verdade, nunca se é sozinha (como você me mostrou muitas vezes). Eu só precisava te levantar do meio fio, te dar a mão... limpar seu rosto e dizer tudo isso. Eu te abraçei, e pedi que naquele abraço, a dor passasse pra mim. E não consegui falar essas coisas. Porque você disse que... bem, que eu não entendo nada. E talvez, talvez seja verdade amor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog