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Mostrando postagens de maio, 2012
São algumas, mas tão queridas e com o olhar verdadeiro que me sobra tempo pra carinho e atenção. Eu ando sorrindo sem medo de dar a mão. E ouvindo os conselhos dos melhores pra não escutar o que a tal gente pode falar. Podem falar que um dia eu fui embora, mas se questionem o motivo. Podem dizer que sorrio pouco, mas busquem responder a solução pra minha seriedade quando os vejo. Podem chamar de careta, mas é que não gosto mesmo de fumaça. Sair do controle por vontade própria, tão própria a ponto de não mais evoluir. Eu cresci e consegui ver a diferença entre cada um. Daí, de fora, onde a vida parece hilária com um copo na mão e a cabeça rodando. 
Depois que ela se foi, a minha vontade de comer pastel também já era. 
Firma os pés no chão menina. Segura esse coração. É tão clichê, e mesmo assim, parece difícil de entender? Eu ando pisando em ovos e repito: devagar, sempre, com cuidado, pois tudo pode ser pontiagudo.
Se por acaso adiantasse, minha vontade era materializar minha amizade e entregar numa caixa de presente. E que ali dentro, houvesse a solução para cada dia de angústia. Que não deixasse ir, que não permitisse ferir e matasse somente o pessimismo. Fica, porque cativou um pedaço do mundo e falta um tanto pra cativar. O legado é grande, brilhante, imortal, impactante, incrível. Fica, de um jeito ou de outro. Como eu disse, é imortal.
Instantes em que o mundo parece explodir dentro da própria cabeça. E a fuga de uma covarde não passa de um cobertor bem pesado, tentando esquentar sozinha a cama enorme e fria. Eu peco por pensar demais. Por não ser como a maioria, que faria exatamente o contrário do que faço. Mas se no fim eu seguir só, minha esperança é seguir em paz. Assistindo todos vocês sorrindo com seus respectivos pares, do alto, esperando quem sabe um aceno ou um sorriso de lado.
Eu era feliz e sabia. Tratei de ser a garota mais feliz do mundo, enquanto pude, enquanto consegui enxergar a felicidade. E consegui por um bom tempo ser plenamente feliz, como se não me faltasse nada. Mas sempre faltava. Sempre falta. Nunca consegui, de fato, transbordar. E é esse meu eterno objetivo.
Uma música e eu não quero me preocupar com mais nada. O volume bem alto, e eu me esqueço de que tudo está fora de controle. Minha mãe tem razão, quando diz que lá no fundo, minha organização é forjada. Não sei se está certo, mas eu perco o controle com as mãos, com o olhar e com as palavras. Eu tonteio e só enxergo o negro, com um cheiro bom. Ofegando, parece que gostam mesmo de me deixar assim, com o corpo mole. Enquanto alguns gargalham do que escrevo, outros dizem sentir o mesmo, eu me recuso mais uma vez a render minha mente a preocupações. (...)
Um poço de incertezas. E fico pedindo perdão a mim mesma, por isso.
As flores que plantei naquele jardim, daquela casa, eram como frutinhos. Cada vez que meu pai chegava com um lírio da feira, ou do dia internacional da mulher, ou do dia que ele fazia compras ou mesmo quando era meu aniversário, eu guardava o vaso num lugar e já pensava num lugar pra replantar. Um semestre de agronomia não me ajudou em quase nada, nem mesmo a replantar flores. Mas eu ia com a cara e a coragem. Eu me lembro dos lugares que plantei, e de como cuidei delas. Eu, que nunca tive tanto apego a um quintal, passei tardes deitada no jardim, desenhando e dormindo. Talvez por isso eu tenha tido tanto cuidado. Mas vê, como as coisas são, quando me lembro que fui embora e desapeguei de um lugar tão meu, e que me fazia tão bem. Eram dias difíceis ali, e eu buscava lá fora, qualquer coisa pra alimentar a ponta de alegria que ainda restava dentro de mim. A cada toque de carinho do meu pai, eu regava e esperava florescer. Mais e mais. Meu pai sempre foi a figura mais romântica e ao mes
Pra fugir de todo o questionamento que vem quinzenalmente, eu me apego às linhas estruturais de qualquer coisa que pareça interessante. Sigo cada passo dela, as voltas, as curvas, idas e vindas, zigue zagues, e espero ver onde vai dar. Mas ela acaba onde começa. E eu volto nas mesmas perguntas que começaram o jogo na consciência. Nada nunca foi tão estranho, vago e ao mesmo tempo, calmo. Posso rodar e rodar com as mesmas dúvidas. Não consigo responder nada sozinha. Não me ajudam a responder. E volto às linhas pela tela, pela casa, até pegar no sono.
Depois de tanto tempo acostumada a me culpar pelos caminhos que se entortam, não quero mais me sentir fracassada. Nem no amor, nem no jogo. Liguei o foda-se para os que se dizem tão bons.
Não tem lugar mais vazio e mais cheio de gente como meu quarto. Se abre a porta, e me vê num canto, sentada na cama, escrevendo, não se engane. Existem várias pessoas aqui. Escondidas no guarda roupas, entre fotos, nos brincos, nos colares pendurados. Nos meus perfumes tão extremos. Meus amigos estão nos desenhos, pendurados em papéis, rabiscados na parede. Minha família estampada nos livros e em todas as minhas espinhas. Tem gente por aqui que mal conheço. Mas entrou, e ficou. E algumas eu não queria nem lembrar então joguei pro lugar mais extremo, no fundo de todas as roupas e papéis, no fundo dessa bagunça que a gente sempre tem no quarto. E eu acho que é por isso, que não me sinto tão só. Na teoria, meu mundo está sempre cheio. 
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Eu ando rabiscando as paredes do quarto, e por todo lugar que me parece vazio. Tentando preencher esse meu mundo de uma vez por todas. A cortina tira um pouco a luz, mas me faz bem ficar na penumbra. Eu tenho esse apego à melancolia, e consigo ver um "quê" de beleza nisso. Minhas músicas preferidas são as que me fazem chorar. Não adianta me dar algo para acordar, eu gosto mesmo é de chá, de cappuccino, desses bem fraquinhos. Me fecho aqui por um bom tempo e me preparo para receber toneladas de informações sobre o outro lado da janela. Dizem que está frio lá fora. Que nas ruas, há barulho extremo. Dizem que querem sempre mais e mais do mundo, mas eu receio que sentem falta, o tempo todo. A maioria diz estar só. Dizem que falta amor. 
- Ah, se tem uma coisa que eu sinto falta, é de ouvir um 'eu te amo' sabe? Mas não aquela melação de hora em hora. Na verdade, eu queria ouvir, por ser amada mesmo. Eu sinto falta é disso. De ser amada, talvez. E com isso, de ouvir 'eu te amo', de alguém que goste de mim de verdade, sem exageros nem mentiras. - Se olha no espelho. - O quê? - Vai, se olha no espelho e diz: eu te amo! É o que basta, sabe? 
"Eu cresci ouvindo anedotas, clichês e chacotas. Frustrações sobre amasiar, se casar. Se entregar, seria fraquejar" | Vanessa da Mata, Te amo.
Confesso enfim. Sim, eu confesso que ainda há algo fora do lugar. Que me incomoda, tira um pouco minha fome, e ás vezes dá ânsia. E eu sempre esperava passar, deixava ir embora, sabendo que voltaria. Mas é que ainda não encontrei a solução, se é que existe. Mas é desgraçante, desgraceira, é uma desgraça eu não conseguir mais deixar as lágrimas rolarem. Não encharcar mais o travesseiro, não sentir dores de cabeça, de tanto chorar. Sim, eu tenho motivos. Mas cá estou, pálida, tentando não criar expectativas e nem me lamentar pelo passado fracassado. Fico entre o medo do futuro e o pânico do que deu errado antes. Desgraçado medo.