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Mostrando postagens de agosto, 2013
Eu sei que a vida fez bem assim. Tirou por um tempo a pontuacao de mim, me deixou sem enxergar nada. E me lembro bem, que se eu te visse na esquina, tratava de correr com os olhos em outro lugar que nao os seus. Se eu fugia e fingia que nao havia nossa historia, voce dizia a si mesmo que estava sempre tao certo... sempre seriamos isso, essa discussao sem fim, ate o momento em que eu finalizava te dando a razao pra nao dormir tao mal. Mas me disseram que os irmaos so servem mesmo pra isso. Essa coisa de viver longe, te faz um cara tao forte que me espanto quando te vejo chorando entre seus versos e o violao. Me emociona de imediato. Pois voce foi e quando volta, vez em quando, volta com umas poesias nos olhos que me deixam tao feliz. E ai acabo achando e graca de todo o passado. Rindo feito boba de chegarmos onde chegamos. E por seu violao tocar tao alto em tanto lugar por ai. Eu realmente nunca soube fazer musicas, mas vez ou outra mando um pensamento positivo daqui. Nunca soube muit
Longe tudo e mais dificil. A mensagem nao vem, a voz trava por horas, a certeza oscila, os olhos marejam e nunca ha silencio o bastante pra alcancar a paz. A forca parece invisivel, a hora so passa na cama, ninguem me conhece o bastante, o dia chega cedo, o outro tambem, o outro tambem... De longe todos sorriem em fotos, os bolsos cheios, a mente esvazia, o status sobe, coracao down. A vista embaca, ninguem entende o que falo, sobre cachos, sobre saudade, sobre solidao. Pois nem solidao da pra falar em ingles. Poxa vida... 
Silencio, por favor. Minha angustia esta passando, mas passa rapido. Respeito seu momento como o da alegria nos dias de sol. Mas hoje choveu e, tenho que confessar, eu precisava me molhar la fora. Mesmo no silencio. Mesmo sem muita forca. So pra receber a agua e nao guardar mais nada no espirito. 
Dias incontáveis para manter a ponte firme.  Dias a menos para a volta.  Dias com sol me deixam tranquila.  Mas confesso, baixinho, não é bem esse lugar um paraíso.
Entrei no quarto, três beliches temporariamente vazias. Eu deveria aproveitar o agora. Essa cidade é bonita coisa nenhuma, não entendi bulhufas de como me encontrar aqui. Saí de casa, e me lembro do rosto da minha mãe, me dando tchau de longe porque sabia que, se chegasse muito perto talvez eu abraçaria distante, negaria com os olhos. Doeu assistir, doeu só bater a mão de longe, mas ainda não sei como lidar com ela. Meu pai não parava de falar um segundo se quer sobre todas as coisas que a cidade tinha, teria e como eu deveria ser feliz daqui pra frente. Mas parei de responder "aham" quando ele, nostálgico demais, lembrou de mim e de meus irmãos brincando e correndo dentro da rodoviária. Todo mundo quer me fazer chorar, é isso então? Porque não anda sendo fácil. Não será, nem fácil, nem tão medonho. Ou melhor, qualquer coisa eu aprendo a conviver com a parte medonha da história. Sei que não terei tempo quase nenhum de dizer tchau pra todo mundo, e sinceramente nem queria. M
Abra o chuveiro até que a pressão d'água seja barulhenta, e te tire quase tudo da cabeça. A queda bate no corpo, e assim, como quem te mostra a verdade na pele se avermelhando, te ensina que nada físico vai doer tanto quanto o que deve te fazer pensar agora. E te faz pensar, lembrar, e quase urrar dentro do banheiro.  Mas o barulho do chuveiro camufla que tudo vai muito bem, obrigada. Chorar é nada, viver é muito mais. Muito mais tudo. Mais dor, mais amor, mais esperança, felicidade, mais alegrias, mais tudo.
"Eu cheguei em casa ontem morto de dor de cabeça, deitei e fiquei no quarto até hoje de manhã. Quando saí do quarto hoje, percebi que você tinha tirado as coisas do seu quarto. Tirado as fotos da parede. Tirados os frascos do banheiro. Foi ruim. A luz da casa tá estranha sem sua cortina salmão."
Desenho no papel como se arrancasse de mim. Mas é só mais uma cópia. Do coração, pro papel. Do papel, pra pele. E deve ser assim que as coisas começam outra vez. As peles se cruzam, se enroscam por aí. Passam a ser alvo de grande observação. Se transformam em desenhos no papel, porque depois de tanta pele, as coisas chegam ao coração. 
Uma dose de qualquer coisa forte, que me deixe mais forte ainda e me faça ser dura daqui pra frente.
Enfim, silêncio. Uh... Somente a torneira frouxa, mas que seja, já é um pouco de paz. Embora eu não saiba lidar com o silêncio de maneira completa, ele é meu amigo, mas vira as costas de vez em quando e me deixa solitária. Tirando isso, minha vida se faz melhor no silêncio. Na calma. E o que sinto e peço socorro antes de pegar no sono, é por essa irônica situação, onde tanta gente se junta para festejar, me abraçar e talvez dizer coisas que nunca diriam, exatamente para eu me preparar para um longo tempo sem tanta gente assim por perto. Ou talvez, sem abraços. O que me deixa encucada é só sentir o confortável. É não pensar no outro lado, é não saber ler nos meus olhos que falam vermelhos, cansados, de que tudo isso é mais delicado do que se imagina. Eu sou ingrata diante da minha vida. Sou fraca diante dos desafios. Eu, que sempre amei mudanças. E amo, e amo. Porque de ingratidão, tudo se transforma daqui a um tempo. Não garanto, mas sinto. Logo eu que era desapegada com as pessoas,
Um quadro de confissões antes nunca pregado na parede. Mesmo soando cansativo, analiso ainda mais cada passo que dou, pra frente ou pra trás, alguns em falso mas ainda sim, caminhando. Porque agir instintivamente não lhe parece muito convincente, mas acredite: eu não perderia meu tempo simplesmente me fazendo sofrer de graça. O que quero é sempre uma dose de atenção, um diálogo cotidiano que compartilhe de verdade o que sente, seja muito bom ou muito ruim. Quero poder saber os motivos, quero ficar em silêncio por  respeito, gargalhar por uma piada exclusivamente nossa, quero nosso mundo mais feliz, mais divertido. Não quero obrigações, avisos, ameaças, medos e refúgios. Quero andar involuntariamente satisfeita, conspirando um futuro tranquilo, uma viagem incrível, um reencontro ardente, quero meus suspiros aliviados por ter acreditado, por ter sido quem te fez feliz mesmo longe, quem soube te ouvir ou soube falar. Quero ser um pedaço que te cabe, mas ainda não sei se sou. Se ocupo es