Longe tudo e mais dificil.
A mensagem nao vem, a voz trava por horas, a certeza oscila, os olhos marejam e nunca ha silencio o bastante pra alcancar a paz. A forca parece invisivel, a hora so passa na cama, ninguem me conhece o bastante, o dia chega cedo, o outro tambem, o outro tambem... De longe todos sorriem em fotos, os bolsos cheios, a mente esvazia, o status sobe, coracao down.
A vista embaca, ninguem entende o que falo, sobre cachos, sobre saudade, sobre solidao.
Pois nem solidao da pra falar em ingles.
Poxa vida... 

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Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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A plenitude sagrada dos dias normais, preenche o espaço, que há pouco eu não sabia que estava vazio. Sou pequena demais, e meu ser compreende tanta coisa, que gotículas que sejam, de felicidade transformam-me em um mar, inteiro, rico em sorrisos e boas vibrações. Completo, eu digo que está, mas também digo, que farei o possível para dizer amanhã bem cedo: falta algo. É só a mania de buscar mais e mais. Eu sei que é saudável. E de saúde podemos muito bem falar. Nós, que já sentimos na carne a busca da dor física para que a dor psicológica fosse embora. Nós que sabemos o que é perder o ar, a voz, e cabelos, por ouvir, apanhar e dormir soluçando de medo. Tudo vale, tudo vale. E aí, num dia desses, normalíssimos, o corpo pesado depois do trabalho, depois de cozinhar e atender a todos consigo concluir com fé, que valem os dias normais, sem mais abismos no ser, sem tantas surpresas malignas. Apenas a surpresa de saber que se está aqui.
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