A sensação de estar atravessando uma ponte e não chegar no destino desejado nunca cessa. E sempre achei isso um tanto bom. Tantas decepções com as pessoas ao redor me deixou dura, com medo de certezas e fixações. Prefiro o temporário, o que muda, o que deixa eu me mover do lugar. Sinto saudades do que passou, confesso. E uma vez ou outra vendo as fotos, eu não consigo me segurar. Dá vontade de pegar no telefone e ligar pros amigos, para perguntar o óbvio, por que será que acabou, por que tão longe, por que não dá pra voltar… E questiono se realmente esqueci toda aquela última história que me carregou até minha última pequena grande decepção no amor. Isso acontece ás vezes nos domingos em que não me ocupo muito. A mente para e pensa. Mas voltando à ponte, no meio do caminho, uma pessoa chegou. E todo mundo sempre vem com aquela voz de cansada das minhas histórias, da minha vida. Mas é a verdade. E eu não nego que tive medo, que tenho medo, que fico feliz, que me esfria a barriga, que volto a ter medo e a lembrar do passado, que tenho saudades do passado mas sei que isso já foi. O fato é que toda vez que interrompem minhas histórias, dói muito parar de escrever do nada. Dói demais ter que pensar que talvez seja melhor deixar de acreditar em tudo e em todos. Aí eu concluí que não vou parar de escrever nunca, que mais histórias estão realmente esperando por mim, outras pessoas estão esperando por nós, muitos lugares estão me esperando por lá, e mesmo que meu coração esteja um pouco cansado, ele sempre se recupera. 

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