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Mostrando postagens de abril, 2011

#Eusougay

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo. Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava
É que uma ponta de amizade verdadeira me conquista de tal forma que volto a me entregar à vida. Uma lágrima que decide não cair, me refaz. Dizendo que agir é um bom recomeço. Vamos aos valores tão singelos que cada um prospera dentro de si. Tem de haver pelo menos um! Lembre-se, conte aí nos seus dedos. | "Lembrar de amar, faz bem pro seu cabelo." - Manitu .
Fechei meu corpo pro mundo, para todo mundo. Fui me encolhendo de medo, voltei à fase embrionária. Não quero ver o que tem nesse corpo. Fujo de espelhos, guardo meus receios e não há porque acreditar em palavrinhas mágicas. O vestido curto das noites passadas, faziam parte da fantasia que armei. É pra ninguém julgar demais, o que sinto com o que sou. Sempre fui desse jeito, sem gosto demais por mim, e no dia em que a mudança veio, eu vi, tenho certeza que eu vi a mentira entrar junto! Não vou falar que me odeio. Tenho bastante respeito. Mas eu sei que esse frio, esse medo constante de descobrirem a fraude que sou me enjoa, me dá ânsia entende? Meu corpo continua fechado, não quero nada, nada, não confio em mais nada. Eu quero meu mundo de volta. Que soprem aos quatro ventos a careta e estranha que sou. Me respeito, quero meu ritmo, minha vida pequena dentro do quarto escuro. Já não mais a garota que fizeram crescer e acreditar que essa imensidão dentro e fora da gente é linda e perfeit
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Toma lá tento garoto, eu dizia. A vida mal começa e já  quer extrapolar? Dizia nada, mentira, furada. Eu o escutava com seu jeito engraçado de ser, dançando pela casa e me calava. Um pequeno príncipe misto com peter pan. Não cresceria nunca. Talvez por isso eu dizia que a vida estava chegando para ele. Aí alguém me disse: chegou, há tempos. É essa mania de achar que bebês não crescem. E o menino cresceu. As brincadeiras que minha mãe dizia que ofendia, o fez mais duro e com respostas na ponta da língua. Os olhares meticulosos, as viagens junto com a solidão, o deixaram esperto, preciso, um homem-menino. Menino porque se chega, se esbalda, quer cantar, imitar e deixar todo mundo com dor na barriga de tanto rir. Mas a vida é dura rapaz. E quando menos se imagina, há um monte pra carregar. Ofensas nem são nada. Eu vi, vivi e senti. Eu carreguei também. Se hoje te acho um homem, pelo que é, o que foi e o que construiu dentro desse peito, é que eu vi crescer um garoto perguntador e falador
Todo aquele símbolo, se mostrando tão real. Merda de humor ruim que me corrói. Porque como menina que sou, me sinto mais menina ainda nos seus braços. Preciso de mais abraços. Seu colo e um "shhhh" sempre que puder, souber. E você sabe quando.
De ontem pra cá, minhas insatisfações foram um balde cheio, jogado pela casa, e quase todo mundo acaba se molhando um pouco aqui ou ali. Mas minha maior preocupação é quando minha vontade não é de socar alguma parede, ou socar alguém. É quando não sinto nada. Quando a indiferença toma conta. Talvez eu não ame mais. Talvez eu tenha cansado desse ciclo ridículo, dos mesmos inconvenientes, de ser posse. Não quero ser mais do que eu mesma, dona de mim, das minhas idéias, do que visto, como, quero. Não quero ser mais do que valorizada, um abraço necessário nas horas de amor ou tristeza. Quando bate essa dor maligna no meu peito, poder ouvir coisas que me façam reagir da melhor forma. Um pouco de carinho, que me dê sede de prazer. Eu quero é viver mesmo. E pelo que parece, tenho vivido a vida de outra pessoa.