De ontem pra cá, minhas insatisfações foram um balde cheio, jogado pela casa, e quase todo mundo acaba se molhando um pouco aqui ou ali. Mas minha maior preocupação é quando minha vontade não é de socar alguma parede, ou socar alguém. É quando não sinto nada. Quando a indiferença toma conta. Talvez eu não ame mais. Talvez eu tenha cansado desse ciclo ridículo, dos mesmos inconvenientes, de ser posse. Não quero ser mais do que eu mesma, dona de mim, das minhas idéias, do que visto, como, quero. Não quero ser mais do que valorizada, um abraço necessário nas horas de amor ou tristeza. Quando bate essa dor maligna no meu peito, poder ouvir coisas que me façam reagir da melhor forma. Um pouco de carinho, que me dê sede de prazer. Eu quero é viver mesmo. E pelo que parece, tenho vivido a vida de outra pessoa.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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