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Mostrando postagens de outubro, 2011
Eu só sei que quando bater o desespero, (porque sei que ele vai vir) eu vou me deitar e dormir pra que passe, como num pesadelo.
A parte bonita do dia, pensar que posso ficar horas rindo de um simples ato. Por alívio ou tranquilidade que me passam certas palavras, carinhos e olhares. Duplica alegria. E guarda, lá no fundo, essas frustrações que a vida deixou marcar tão fundo. Cada um sabe o que leva dentro de si, e não, não é preciso se explicar a cada dois minutos. Sinta-se distraído o bastante, esquece o que deve acontecer, o que poderia, o que vai... Dê rótulos a produtos, não ao que se sente.
E agora a menina está assim. Não quer mais saber por onde vai, que horas volta... simplesmente colocaram pedras nos bolsos, amarraram junto aos pés. Disseram que ela estava voando demais. Fora de si. Mandavam voltar pra esse planeta, mas ela desembolava a falar de estrelas. Aí fui perguntar como seria o céu. Mas ela não quis responder. "Exagero deles". "Eu só não vou mais deixar de viver, nem de conhecer o outro mundo". Que mundo? "Shhh. Esse aqui...". E pôs a mão onde fica seu coração.
Eu quero sentir mais o gosto de tudo que me vier à boca, ao invés de buscar a parte amarga escorrendo no canto, pra limpar e dizer aos donos que o veneno se quer me atingiu. Não mais mágoas, e não mais regras. Eu sei que entra, quem sai, e quem fica exatamente porque quero. Não que eu controle o mundo, eu só quero viver em paz, e faço o que for preciso pra isso.
Sigo meu ânimo como a linha que tangencia (hoje) o abismo. Simplesmente não suporto essas tardes silenciosas, nesse quarto sem tapete. Meus pés estão frios demais.
Dormir tem sido fácil. Acordar nem tanto. Se eu pudesse injetar alguma coisa aí, seria raiva. Ódio. Tudo pra não entender o que é ver sentindo tudo, tudo que já senti, por milhares de vezes. Mas passa. Dizia pra mim, que passa... e eu não acreditava. Bem, ainda não acredito em tudo isso. Mas mentalizo, que passa. Espero.
Amor à primeira vista. Amizade à primeira conversa. Ressurreição. Diabo. Promessa(s). Aparência. Títulos. Tá aí a lista de algumas coisas que eu não acredito. Não ainda.
Isso aqui é um drama que... putz, que merda.
Eu fiz tudo como o "manual" dizia. Mas é como se o erro fosse permanente. O erro mesmo sou eu. E disseram que erro não sente. Nada de nada. Me mandaram não sentir nada por dois longos anos, e fui chutando as pedras, passando por cima de outras menores, pensando só no amanhã, ou vivendo à base dos melhores momentos. Eu sempre voltava por isso, sempre voltava por eles. Eu não digo nunca mais. Mas trata de tirar esse costume, essa mancha sobre minha pele, esse modo de me acusar, rasga logo tudo e queima. Começa o manual todo outra vez. E espero que não haja erros (como eu) dessa vez.
Amor é isso (também): "Vai, aproveita a festa. Tenta me esquecer que é melhor".
Nem vilã, nem mocinha. Ninguém sabe realmente da história (longa) da minha vida, rica em detalhes sórdidos e puros, bizarros e também maravilhosos. Se boto um sorriso no rosto, é por gratidão a Deus, não vingança. Se busco uma saída sozinha, não é egoísmo, é a fuga do melodramático. Se eu só quero coisa nova, não estou cuspindo no prato em que comi, mas insistir num mundo onde tudo parece perdido e difícil de controlar, me faz querer correr pra bem longe. E aí jogar na minha cara, culpazinhas sobre fatos minúsculos, diante do que já passei... ah não. De novo não. 
Ao som de todos os meus sentimentos lá fora, naquele quintal, eu sei que no fundo, nem tão lá no fundo assim, todos os olhares podem enxergar meu corpo estremecendo a cada verso. O violão guia meu olhar, pra nada ficar tão visível, tão claro. Me sinto fraca ao ponto de tremer o corpo inteiro, por nervosismo. Não existem unhas. Não existem tantas esperanças. E não se sabe ao certo o que se quer. Talvez somente paz, calma interior. Talvez um novo amor. Talvez eu só precise fugir de toda essa cruel realidade. Já não sei cantar como antes. Minhas frases não têm coerência. Me confundem os olhos, os excessos de cachos, palavras, promessas feitas, desfeitas, defeitos, efeitos, feito um tiro, uma cócega, um arrepio. Por favor, me deixe no meu quarto, apaga essa luz e fecha bem a porta. Eu posso ouvir todas as canções daqui.
Fijame. Fija. Ame.
A inveja pode ser mais brutal do que imagina. Pode-se lutar contra ela, durante o tempo que for. Tapar sua boca com beijos, presentes, futuros promissores, esperanças que ás vezes não se sabe nem de onde tirar. Não basta tampouco amor, respeito. Não adianta ser cego. Ela cega é quem a adota. E os beijos, carinhos, o amor de verdade escorre pelo ralo.
Chega devagar, porque eu não sou e nem quero ser de ninguém. Desculpa se a pele é fria, as palavras ardem e se há rancor demais aqui. Sabe bem mais do que eu, como é essa vida e esses caminhos. Promete que a gente vai rir que eu prometo ser mais alegria do que silêncio e solidão.
Tem dias que a dor vem mais e mais forte. Freneticamente é humano buscar uma solução. Que eu sinta na pele, que doa a cabeça, o físico pra que a mente possa liberar de uma vez por todas. Vai, leva logo tudo isso de dentro de mim. Tira todas as recordações logo, nem que eu perca a razão, porque já é hora disso aqui se curar. 
Não que mereça texto. Nem mesmo meu tempo e meus pensamentos. Eu poderia transferir tudo pra outros olhos, mas na verdade quero deixar minha vida me levar aos poucos a tudo que tem mesmo que acontecer. Mas me pergunto por essa casa, esse quarto, que é só mais um na minha história e mais um pra escutar com a calma que só meus quartos têm. E aí, de onde vinha a desconfiança e inveja? De onde se nunca plantei isso em nenhum coração? Tratava logo de tirar pela raiz, eu sei que doía até no corpo, mas eu arrancava. Onde traí a confiança, em que parte da novela? Deixei de fazer por mim, para fazer por quem nunca se humilhou tanto, quem nunca sofreu tanto sozinha. E aí, agora, confia? Confia no que sou e fui? Claro que não. Claro que não confia, nunca confiará. Nem se um dia eu voltar a sorrir a seu redor. A confiança que plantei, você arrancou pela raiz. Doeu, dói até agora. Mas ninguém sabe mais quem é você. Quantos olhos, e bocas tem. Nem mesmo quantas faces por inteiras. Mente, oculta, dr
Engraçado eu me sentir um peixe fora d'agua, na cidade em que eu mais gosto de vir. Estranho pensar que, querendo ou não, deixo de pertencer (mais uma vez) aos todos poderosos. "Eu não quero esse poder, toma ele pra você. Eu só quero cantar, gozar e gastar da vida."