A parte bonita do dia, pensar que posso ficar horas rindo de um simples ato. Por alívio ou tranquilidade que me passam certas palavras, carinhos e olhares. Duplica alegria. E guarda, lá no fundo, essas frustrações que a vida deixou marcar tão fundo. Cada um sabe o que leva dentro de si, e não, não é preciso se explicar a cada dois minutos. Sinta-se distraído o bastante, esquece o que deve acontecer, o que poderia, o que vai... Dê rótulos a produtos, não ao que se sente.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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